O início do segundo semestre letivo começa em clima de paralisação. Indignados com novo parcelamento de salários anunciado pelo governo estadual, os trabalhadores em educação votam amanhã, em Porto Alegre, um indicativo de greve. “Diante da afronta do governo Sartori em parcelar pela 20ª vez os nossos salários, com o agravante da primeira parcela ser de apenas R$ 650,00, o Cpers convoca a todos (as) educadores (as) a participarem da Assembleia Geral, terça-feira, dia 1º de agosto, às 10h, em frente ao Palácio Piratini”, diz o manifesto do sindicato.
A entidade está mobilizando os trabalhadores em educação e pretende responder ao parcelamento com greve. “Nossa categoria deve estar em peso na Assembleia, em frente ao Palácio Piratini, para darmos a resposta à altura que este governo merece. Um povo que se forja na luta, não recua em um momento de total desrespeito aos seus direitos. Não vamos aceitar esmolas, exigimos nossos salários pagos em dia e na sua integralidade”, afirma a presidente do Cpers, Helenir Aguiar Schürer.
O governo do Estado divulgou, na última sexta-feira, o calendário de pagamento da folha salarial dos servidores vinculados ao Poder Executivo, referente ao mês de julho. Com apenas R$ 320 milhões em caixa, a Secretaria da Fazenda terá condições de efetuar, nesta segunda-feira, um crédito de R$ 650,00 líquidos para cada um dos 344 mil vínculos, entre ativos, inativos e pensionistas.
O pagamento da oitava parcela do 13º salário de 2016, que representa R$ 102 milhões, também foi disponibilizado na conta dos funcionários na manhã de hoje, segundo o calendário previsto pelo governo. A previsão é complementar os salários até o dia 15 de agosto, de acordo com o ingresso da arrecadação de impostos.