A aposentada Ana Lenir da Silva Proença, de 49 anos, moradora do bairro Santo Antônio, em Montenegro, acredita ter sido vítima de uma tentativa de golpe. Contatada por uma, suposta, representante de um banco, a montenegrina foi informada que teria direito a renegociar um empréstimo, contratado por ela há algum tempo, e que também teria direito a receber um valor em dinheiro. Contudo, a transação teria de ser realizada por telefone.
A ligação foi feita para o telefone fixo de Ana. “Ela sabia meu nome e disse que se eu não quisesse o dinheiro ia para os cofres do governo”, lembra a aposentada. Ana achou a conversa estranha, principalmente quando a mulher pediu o número do celular dela para retornar a ligação. “Eu disse que não queria nada, mas ela continuou insistindo. Falei que não estava entendendo e que iria direto ao meu banco. Aí ela disse que eu não poderia ir ao banco, que era pra eu fazer tudo por telefone por causa do coronavírus”, conta Ana.
Alguns detalhes ao longo da conversa aumentaram a desconfiança da aposentada. “A insistência dela, o fato de dizer que eu não poderia sair de casa, e a agressividade na voz. Pode ser gente que está se aproveitando dessa situação para passar a perna nas pessoas”, comenta a cidadã.
Ana não deu chance para que a mulher pedisse a confirmação de dados como identidade e CPF. A atendente parecia irritada com a situação e no final da conversa não foi nada educado. “A última palavra que ela disse foi ignorante, e eu disse que ignorante era ela”, acrescenta.
O delegado titular da 1ª Delegacia de Polícia Civil de Montenegro, André Roese, diz que não há registros envolvendo situação semelhante à detalhada por Ana. Contudo, para ele, é só uma questão de tempo para que comecem a chegar relatos. A população deve estar atenta e em caso de dúvidas, deve contatar sua agência bancária.