Consulta ao dinheiro “esquecido” nos bancos é retomada. Veja como funciona

O Banco Central liberou nessa segunda-feira, 14, o novo site para a consulta de dinheiro “esquecido” nos bancos. O serviço começou a ser oferecido semanas atrás, mas a grande procura gerou muita instabilidade nos acessos. Foi criado, então, um novo portal; o liberado hoje.

Pra consulta, basta acessar o endereço https://valoresareceber.bcb.gov.br/. Pessoas físicas precisam informar seu CPF e data de nascimento. Pessoas jurídicas precisam informar CNPJ e data de abertura da empresa.

Ainda não é possível saber o valor “esquecido”, apenas se o CPF ou o CNPJ tem algo a receber. Quem não tiver, já neste momento será informado que não há saldo. Já quem tiver, receberá uma data para voltar ao mesmo site, consultar o valor e, então, solicitar o resgate.

As datas disponíveis para a consulta do valor variam. Pros nascidos antes de 1968 vão de 7 a 11 de março; pros nascidos entre 1968 e 1983 vão de 14 e 18 de março; e pros nascidos após 1983 vão de 21 a 25 de março. Quem perder seu dia, ainda terá uma data de repescagem, também agendada. Perdendo a repescagem, a consulta será liberada a partir de 28 de março. O Banco Central garante que, quem tiver recurso a sacar, não o perderá, mesmo se não fizer a consulta.

QUE DINHEIRO É ESSE ?

De acordo com a autarquia, há um total de R$ 8 bilhões “esquecidos” e disponíveis pra saque. Os valores são fruto de: contas-correntes ou poupança encerradas com saldo disponível; tarifas e parcelas ou obrigações relativas a operações de crédito cobradas indevidamente, desde que a devolução esteja prevista em Termo de Compromisso assinado pelo banco com o Banco Central; cotas de capital e rateio de sobras líquidas de beneficiários e participantes de cooperativas de crédito; e recursos não procurados relativos a grupos de consórcio encerrados.

Ainda é prevista uma nova fase de liberações no decorrer do ano. Essa, referente a valores de: tarifas e parcelas ou obrigações relativas a operações de crédito cobradas indevidamente, previstas ou não em Termo de Compromisso com o BC; contas de pagamento pré-paga e pós-paga encerradas com saldo disponível; contas de registro mantidas por corretoras e distribuidoras de títulos e valores mobiliários encerradas com saldo disponível; e outras situações que impliquem em valores a devolver reconhecidas pelas instituições.

PARA ACESSAR

Quando o cidadão for consultar seu valor, na data do agendamento, ele precisará acessar o sistema através de uma conta gov.br; a que dá acesso aos serviços digitais governamentais, como os do INSS, da carteira de trabalho digital e da Receita Federal. Pra quem não tem, a criação dessa conta é gratuita e pode ser feita baixando o aplicativo gov.br no celular; ou pelo site: https://sso.acesso.gov.br.

Pro sistema dos valores, essa conta no gov.br precisa ser nível “prata” ou “ouro”. No primeiro cadastro, elas costumam ser criadas no nível “bronze” e, para aumentar o nível, é preciso acessar a guia “Privacidade/Selos de Confiabilidade” e seguir o passo a passo. O que aumenta o nível é o quão segura a conta é para garantir que está sendo usada pela própria pessoa que fez o cadastro. Pra ser nível “prata”, há algumas alternativas como, por exemplo,  validação facial para conferência junto a base da Carteira de Habilitação; ou a validação dos dados pessoas via internet banking de um banco credenciado. Pra ser “ouro”, o selo é dado por validação com certificado digital ou validação facial em comparação à base de dados da biometria facial do Tribunal de Justiça Eleitoral.

E QUANDO EU RECEBO ?

Segundo o Banco Central, os valores esquecidos nos bancos serão devolvidos a partir de 7 de março; preferencialmente via PIX. Se o cliente solicitar o resgate sem informar uma chave PIX, é a instituição financeira escolhida que entrará em contato para encaminhar a transferência.

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