Grupo do CTG Estância do Montenegro foi destaque na edição 2018 da principal disputa artística do tradicionalismo
Notícia boa para os tradicionalistas montenegrinos. O conjunto vocal do CTG Estância do Montenegro conquistou o prêmio de terceiro lugar da categoria na 33ª edição do Encontro de Artes e Tradição Gaúcha, o Enart. O evento é considerado a principal disputa artística do movimento tradicionalista e ocorreu entre sexta-feira e ontem, em Santa Cruz do Sul.
O grupo vencedor é formado por quatro integrantes, dentre eles os montenegrinos Paulo Augusto Petry e Diogo Moreira, com os parceiros Jonatan Steffen e Arthur Fagundes. Eles apresentaram a canção inédita “A fresta”, que narra a curiosa história de uma abertura na parede de um rancho, por onde um domador e uma prenda chamada Maria espiam-se um ao outro. A música possui letra do compositor Felipe Côrrea, de Cruz Alta, e melodia do próprio Paulo Augusto.
Juntos, o grupo já foi duas vezes campeão do Festival de Música Estudantil de Nova Petrópolis, município onde os integrantes se conheceram. Agora, eles voltam para a região carregando um belo troféu e muito orgulho.
Quem também competia na mesma modalidade era o CTG Charla Galponeira, de Pareci Novo, formado pelos tradicionalistas Vera Maria Grünhäuser, Francisco Inácio Lutckmeier, Márcia Rosa Machado, Clóvis Ferraz da Conceição, André Luís Klein, Ranides de Mello Streit e Fabiane Ferraz da Conceição. Mesmo sem a premiação, eles destacam a participação, cujas memórias jamais vão se perder.
“A emoção foi muito grande, pois nunca havíamos participado de um evento deste porte e de tanta importância na cultura gaúcha”, destaca Vera. “Certamente, vamos continuar ensaiando e, se tivermos uma nova oportunidade, participaremos do próximo Enart”. O grupo apresentou a música Minuano, de Ney Messias, e foi o único de toda a categoria que cantou sem utilizar microfones.
Jovens montenegrinos fizeram sua estreia
Com 15 anos de idade, os jovens Letícia de Vargas Ávila e Vagner Rodrigo Vicente participaram pela primeira vez do Enart. Ela na categoria Declamação Feminina e ele na Gaita Piano. Apesar de não conquistarem troféus, eles destacam a alegria na participação e já miram a edição 2019.
“Acabei não classificando, mas isso não era o mais esperado por mim. O que eu queria era a experiência que o palco trouxe para a minha vida”, destaca Letícia, que declamou o poema Romance de Rosa Plena, de Apparício Silva Rillo. “Foi mágico e gratificante. Curti muito o meu momento e a energia que eu senti é inexplicável.”
Vagner admite que estava nervoso durante a sua apresentação, mas, tocando gaita desde os sete anos de idade, afirma que deu o seu melhor. “A sensação foi de dever cumprido, porque eu tenho 15 anos, que é a idade mínima para participar. No ano que vem, pretendo participar de novo”, coloca.