A partida entre Expulsos do Bar e Absolut, a ser disputada nesta quarta-feira, no gramado sintético do Grêmio Gaúcho, não será apenas uma final, mas sim um duelo entre grandes amigos, irmãos, parceiros e xarás. Com início previsto para as 21h, a decisão da Copa Genifer Sports, o campeonato de verão do clube, promete ser um belo programa para os apaixonados por futebol na cidade.
De um lado, o atual campeão do torneio e maior vencedor do clube. Do outro, um time recém-formado, que deixou pelo caminho equipes tradicionais durante a competição. No comando técnico dos finalistas, dois treinadores que têm muita coisa em comum, inclusive o nome. Em busca de mais um título pelo Expulsos do Bar, Júlio Cézar de Vargas, o Julica, tem na mão um grupo experiente e vitorioso. Disputando sua primeira final como técnico no clube, Júlio César do Amaral quer surpreender novamente para fazer história pelo Absolut.
Velhos amigos dentro e fora do futebol, os treinadores de Expulsos e Absolut projetam uma decisão bem disputada esta noite. “Vai ser um jogo mais tático, estudado, pois dos dois lados têm muita qualidade. Não tem favorito. Serão 50 minutos de jogo intenso, e uma falha pode ser crucial”, analisa Julica, do Expulsos. “Acho que vai ser um duelo muito técnico, decidido no detalhe. Esperamos que seja uma final decidida na bola, e não pela arbitragem”, complementa o treinador do Absolut.
Para o embate que define o campeão de verão deste ano, o técnico Júlio César do Amaral terá três desfalques, sendo dois por suspensão e um por lesão. Por esse motivo e também pela história do adversário, o comandante do Absolut coloca o favoritismo para o outro lado. “O atual campeão é o favorito, não tem como ser diferente. O campeonato foi difícil, não teve nenhum jogo tranquilo. Respeitamos muito eles, é o nosso primeiro campeonato. Corremos por fora desde o início”, aponta.
Já o técnico Julica, vencedor do campeonato de verão em 2017, compara as duas finais e acredita que a maior diferença não está dentro das quatro linhas. “Para nós, a diferença maior está na organização do campeonato, na estrutura e na condição do campo, porque ano passado havia problemas até para cobrar um arremesso lateral. Em relação ao futebol, não muda muito, porque o Absolut é um time de muita qualidade, nos conhecemos bem. O adversário do ano passado (+QD+) também era muito bom”, frisa.
Na primeira fase, as duas equipes não empolgaram, tampouco ficaram entre os quatro primeiros colocados, que garantiam vaga direta nas quartas de final. Em três jogos, o Absolut somou uma vitória e dois empates, enquanto que o Expulsos teve uma vitória, um empate e uma derrota. Os dois times, inclusive, duelaram na rodada de abertura do torneio, e empataram em 1 a 1.
Nos matas, Expulsos e Absolut fizeram partidas consistentes e seguras, e chegam à final com merecimento. “Tivemos uma crescente no campeonato. No início, nosso time teve problemas com atletas que tinham outros compromissos. Agora, podem jogar outros campeonatos sem interferir aqui no clube, devido à boa organização das datas. Sofremos um pouco com o desentrosamento na parte tática, pelo fato de nem todos do atual grupo jogarem com a gente no campeonato diurno”, explica Julica.
Duelo de irmãos e companheiros de Peludos
Além dos xarás no comando técnico das equipes, os finalistas da Copa Genifer Sports reúnem outras grandes amizades e até “relações de sangue”. Dois dos principais personagens da decisão cresceram juntos e inclusive jogam juntos, no Peludos. Hoje à noite, porém, vão se enfrentar. Os irmãos Lindomar Machado e Júlio César Machado vêm fazendo um grande campeonato e balançaram as redes nas semifinais, mas nesta quarta estarão em lados opostos.
A dupla atua lado a lado no Peludos, equipe que conquistou os últimos quatro campeonatos diurnos do Grêmio Gaúcho e tem grande participação na final de hoje. Sensação do clube, o Peludos tem nada mais, nada menos que nove atletas cedidos a Expulsos e Absolut. Cinco jogam o torneio de verão pelo Expulsos e quatro atuam pelo Absolut.
Essa parceria do atual tetracampeão Peludos com os finalistas tem feito a diferença na Copa Genifer Sports. “Além da qualidade, amizade e parceria, eles têm a mesma filosofia de jogos que nós, e agregam muito nisso. Depois do jogo, independente do vencedor, mesmo que tenha um gosto amargo, vamos nos reunir e tomar uma cerveja”, enfatiza Julica. “A participação deles é o nosso diferencial, o toque de qualidade e principalmente a experiência que eles têm nos matas”, completa Júlio César do Amaral.
