Comunidade é chamada a subir e “abraçar” o Morro São João

Iniciativa mescla artes e preservação ambiental em oficinas e subida ao morro no dia do aniversário de 145 anos de Montenegro

“Acorde o gigante que está em você.” Com essa frase, que lembra a lenda do “Gigante de Pedra”, a artista Lisa Borchardt faz um chamamento a uma iniciativa que une arte e conscientização ambiental. A ação inclui oficinas abertas a voluntários para confecção de placas com frases alusivas à preservação para serem colocadas na trilha do Morro São João durante caminhada que marcará o aniversário de 145 anos de Montenegro.

Lisa (à frente, na esquerda) chama a comunidade para as oficinas. Foto: Arquivo pessoal/Lisa Borchardt

As oficinas abertas à comunidade estão sendo realizadas no ateliê de Lisa e no da artista plástica Rejane Rammé, nas tardes de sábado. Nessas oficinas são confeccionadas placas artesanais com mensagens de educação ambiental e respeito à preservação do morro. Na manhã do dia 5 de maio, às 8h, será realizada a caminhada, quando as placas serão colocadas ao longo da trilha do morro como alerta e estímulo à reflexão sobre o papel de cada cidadão na sua preservação.

Lisa observa que a iniciativa, que nasceu de uma troca de ideias com a assessora da Secretaria do Meio Ambiente, Joana Santos, e ganhou força, tornando-se um movimento em prol da preservação do Morro São João. Ela salienta a adesão de outros artistas e de algumas escolas que também terão oficinas. A expectativa, portanto, é de grande participação da comunidade, tanto na confecção das placas como na caminhada.

“A gente se revolta com o lixo jogado fora. A ideia é fazer com que o colorido (das plaquinhas), o poder das artes, o brincar com restos de tintas escrevendo pensamentos positivos, possamos transmitir e estimular sentimentos e apontar deveres”, afirma. Nas placas, frases como “Floreira não é lixeira”, “Plantas não fumam” e “Lugar de lixo é na lixeira” levarão à reflexão sobre o respeito ao meio ambiente.

Rejane observa que já participou de outras ações unindo arte e preservação ambiental e acha importante apoiar esta atividade. “A gente quer uma cidade bonita, limpa, que valorize as pessoas que estão aqui, que a gente possa dizer que é uma ‘Cidade das Artes’”, observa. Por isso, ela também colocou seu ateliê à disposição para oficina aos sábados, das 13h30min às 17h. “Estará aberta a quem quiser participar”, observa.

Ação de educação ambiental

Morro São João é ponto de referência em Montenegro
Foto: Arquivo do Jornal Ibiá

A assessora da Secretaria de Meio Ambiente, Joana Santos, observa que a iniciativa proporciona uma subida consciente ao Morro São João. “As pessoas precisam saber que não podem levar lixo para lá. Vamos ensinar que tudo que levarem precisam trazer de volta, como garrafas de água ou de refri”, afirma. Ela salienta que é também necessário conscientizar sobre a preservação da natureza. “Não se pode ir ao morro e trazer uma pedra ou uma muda”, exemplifica.

Joana esclarece que, embora o acesso esteja interditado para veículos, a trilha para pedestres é segura se feita com supervisão e cuidado. Para isso, ela recomenda o uso de tênis e roupas apropriadas, e alerta que a subida é desaconselhada em dias de chuva ou temporal.

A assessora observa que as pessoas sobem lá por conta própria, o que é percebido inclusive pelos lixos deixados no caminho. Esporadicamente, ela realiza subidas ao morro juntamente com escolas, em ações de educação ambiental, e costuma descer com sacolas de material reciclável, como garrafas e embalagens de salgadinhos coletados no trajeto. A servidora municipal acrescenta que as oficinas e a caminhada são sementes, pois a intenção é que a ação se estenda a praças e áreas verdes dos bairros.

Oficinas e doação de material
As oficinas abertas à comunidade ocorrem nas tardes de sábado, a partir das 13h30min, no ateliê de Lisa Borchardt, que fica junto ao Hotel Niro, na rua Buarque de Macedo, 1727, no bairro Centenário; e no ateliê de Rejane Rammé, rua Capitão Cruz, 2360, ao lado da Ramé Veículos.

Para a confecção das placas artesanais são necessárias doações de madeira – que podem sobras de tábuas de obras –, além de pincéis e tintas, que também podem ser sobra de pinturas realizadas em casa, por exemplo. As doações podem ser entregues nos dois ateliês.

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