A segunda sessão ordinária da Câmara de Vereadores de Montenegro, realizada na noite dessa quinta-feira dia 14, teve a presença de familiares do jovem Marcelo Júnior dos Santos Teixeira, de 18 anos, assassinado em um cerco da Brigada Militar na madrugada do último domingo, dia 10. A família foi em busca de apoio do Legislativo para pedir clareza na apuração dos fator e justiça pela morte do garoto.
A Comissão de Cidadania e Direitos Humanos da Câmara, através de sua presidente, a vereadora do partido Republicanos Camila Carolina de Oliveira, se comprometeu a acompanhar as investigações sobre o caso.
Um dia antes da sessão, o vereador Paulo Azeredo (PDT), protocolou requerimento de urgência para tratar como prioridade a pauta sobre a morte de Marcelinho. O Vereador reivindica que a Comissão acompanhe detalhadamente as investigações até o esclarecimento de todos fatos, de acordo com a legislação. “Pedimos uma formação junto a comissão de direitos humanos de ouvirmos a Brigada Militar e também a Policia Civil, ouvirmos familiares e testemunhas para buscarmos a verdade dos fatos e a justiça. Juntos iremos buscar a possibilidade de evidenciar bem os fato”, disse Azeredo.
O vereador Valdeci Alves de Castro (Republicanos) é parente do jovem Marcelo e assim como os demais familiares e vereadores aguarda pelo desfecho dos inquéritos policiais. “Acredito que a Brigada e a Polícia Civil, para manter o respeito com a comunidade, vão apurar os fatos”. Ele disse ainda que acompanhou o crescimento de Marcelinho, e que o jovem era estudioso, trabalhador e responsável. “É mais fácil qualquer um de nós errar do que o Marcelinho. Ele eu não vi cometer um erro, ajudava o pai dele a manter o comercio que iniciaram há pouco tempo, estudava e trabalhava”, acrescentou Valdeci. “Se alguém cometeu um erro foi o condutor, mas mesmo assim não dá o direto de ser agredido pelas costas. A verdade tem que ser esclarecidas”, pediu o vereador. .
Demais vereadores também falaram sobre o caso. Um deles é o presidente da Câmara, o vereador Juarez Silva (PTB). “Nada vai curar esta ferida. Somente Deus para confortar nossos corações. É um fato lamentável da forma como aconteceu. Em nome da Câmara, me coloco à disposição de todos, não mediremos esforços para estar ao lado de vocês”, disse o edil para a família do jovem.
Homenagens ao jornalista André Luiz de Oliveira
A sessão dessa quinta-feira, 14, também foi marcada por homenagens ao jornalista André Luiz de Oliveira, falecido na madrugada do dia 13. Logo que chegou em Montenegro, André passou a acompanhar as sessões na casa legislativa, onde, com sua simpatia e competência fez muitos amigos. A homenagem prestada pelos vereadores representa também o carinho que outros servidores têm por André.
O vereador Paulo Azeredo (PDT) se emocionou ao falar sobre o jornalista. André foi assessor de comunicação da Prefeitura local durante o Governo Azeredo. O vereador disse que André era um amigo e que fará muita falta para a comunicação social e para seus amigos.
Requerimentos aprovados
Foi aprovada por unanimidade na sessão da noite de ontem a Criação de Frente Parlamentar para tratar sobre a situação da RSC-287. O requerimento, assinado pelos 10 legisladores, tem como objetivo acompanhar, apontar soluções e buscar recursos para resolver os problemas nas travessias da via.
Também foram aprovados três requerimentos de autoria do vereador Gustavo Oliveira (PP). Um deles refere-se a instalação de uma parada de ônibus na Rua José Luís, próximo ao antigo almoxarifado da prefeitura. O segundo requerimento visa saber mais sobre as
ações desenvolvidas pela Corsan na cidade. Além disso, o vereador quer reunir o Poder Público, agentes de segurança e representantes dos moradores próximos da Praça dos Ferroviários, para tratar das ocorrências de baderna no local.
Vereadores não apoiam venda de terreno na rua José Luís e querem instalação de paradão de ônibus no local
Um dos assuntos discutidos na segunda sessão ordinária de 2021 foi a possível venda de um terreno localizado na rua José Luís, próximo ao antigo Bar do Motorista. O Executivo cogita a possibilidade de vender lotes para levantar recursos para a construção do novo Centro Administrativo. A possibilidade de venda do terreno da rua José Luís não agradou aos vereadores, que querem ver o local ser transformado em um paradão de ônibus.
A ideia de instalar um ponto para embarque e desembarque – com área de alimentação e pequenos comércios – já é antiga. Durante a última gestão do prefeito Percival Souza de Oliveira foi concluído o projeto, que deveria ser executado pela próxima gestão a de Paulo Azeredo. Mas o tempo passou e nada saiu do papel. “O projeto foi aprovado em 2010 e foi buscada verba em Brasília. A execução ficaria para o governo seguinte, que era o Governo Azeredo. Queremos saber porque ele não foi realizado. Acho um absurdo o Executivo não ter realizado essa obra”, disse o vereador Gustavo Oliveira.
Agora os vereadores querem que o Executivo reencaminhe o projeto para ser conhecido por todos na Câmara. “Deve-se conseguir verba e fazer o paradão ali. Não sou contra a construção do Centro Administrativo, mas não é aquele terreno que irá fazer a diferença”, disse o vereador Ari Müller.