Combustíveis: quatro aumentos nesta semana

Concorrência. Postos podem decidir se repassam os reajustes praticados nas refinarias ao preço final na bomba

A Petrobras promoveu, nesta semana, quatro reajustes nos preços do diesel e da gasolina. No 4º anúncio, na manhã dessa quinta-feira, o aumento nas refinarias foi de 0,95% para o preço do diesel e de 1,80% no preço de gasolina. Na quarta-feira, a companhia elevou em 1,82% o preço da gasolina, e subiu em 1,76% o preço do diesel.

O diesel A nas refinarias custou R$ 2,3082 nessa quinta-feira (17) e R$ 2,3302 nesta sexta-feira (18), ou seja, uma alta de 0,95%. Já o preço da gasolina A nas refinarias passará de R$ 2,0046 para R$ 2,0407 cada litro, no mesmo período, o que representa um aumento de 1,80%.

Os preços são reajustados com mais frequência, inclusive diariamente, desde julho do ano passado, quando a Petrobrás adotou nova metodologia. No entanto, o preço que será pago pelo consumidor, ao abastecer, é decidido pelos postos de combustíveis. Toda essa elevação se deve ao fato do preço internacional do petróleo ter disparado.

Em Montenegro, os Postos já trocaram os números diversas vezes durante a semana. Alguns, consultados pela reportagem, relataram uma confusão nas regulares trocas de valores na bomba.

Caminhoneiros protestam contra os aumentos

Clóvis espera que o valor do diesel diminua e preço dos fretes subam

Muitos caminhoneiros na cidade realizam, desde a manhã de ontem (17), uma manifestação pacífica e paralisação das atividades contra o novo aumento no diesel. Os caminhões estão estacionados em um terreno particular, nas margens da RSC 287, no bairro Cinco de Maio. O grupo espera que mais motoristas paralisem as atividades quando chegarem de suas viagens no final de semana.

Segundo o caminhoneiro Clóvis Ronaldo da Silva, a movimentação se faz necessária para que o preço dos combustíveis, principalmente o diesel, diminua. “Não queremos trancar rodovias aqui na cidade, mas precisamos chamar a atenção do governo e das grandes empresas, as quais pagam muito pouco para o frete e nós ficamos sem lucro”, afirma Clóvis.

De acordo com os organizadores, outros motoristas da região estão sendo incentivados a aderirem ao movimento. O caminhoneiro e administrador da empresa de transporte da família, Heitor Rovani, colocava bandeiras do Brasil nos veículos estacionados. Segundo ele, diversos problemas são enfrentados pelos motoristas que transportam cargas e dificultam o trabalho de todos eles.

O pai dos irmãos Clóvis e Rovani, Clóvis da Silva, diz que pouco mudou desde os anos 60 pra cá. “As cargas demoravam cerca de sete meses para serem pagas. A única diferença é que existia mais serviço naquela época”, conta.

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