Com proibição a ser regulamentada, fogos de artifício dividem opiniões

No Ano Novo, o show de fogos de artifício é muito comum. Porém, eles geram polêmica, seja pelo som incomodar crianças pequenas, idosos e animais de estimação; seja pelo risco de acidentes. No fim de novembro desse ano, uma lei estadual chegou a instituir a proibição da queima e soltura de fogos com ruído acima de 100 decibéis a 100 metros de soltura. Muitos comemoram o regramento, mas a lei ainda não gera nenhum efeito. Só será válida após regulamentação, que deve ocorrer só em fevereiro de 2020.

Apesar dos muitos contrários ao uso, em Montenegro, a procura por fogos tem sido intensa desde antes do Natal no Armazém Defesa, tradicional comércio de fogos montenegrino. “Agora, as pessoas procuram bastante para levar para a praia”, explica Claudete Reinheimer, uma das proprietárias. Os valores variam entre R$ 10,00 e R$ 300,00.

A empresária admite, porém, que houve impacto nas vendas desde o anúncio da nova lei. “A lei ajudou a diminuir a venda dos fogos barulhentos. O povo deixa de comprar por causa dos vizinhos que têm cachorros, idosos e crianças. Mas ainda assim, vendemos bem”, esclarece. Com experiência, Claudete alerta para o uso do produto. “Primeiro que para acender se deve colocar em um cabo de vassoura, taquara ou algo do tipo. Costumo dizer: acende e corre. É perigoso”

Maurício Niches e o filho João Pedro Niches,

Pela cidade, o uso é um dos assuntos mais discutidos. Alberto Klein, 23, comprou seus fogos no último final de semana. “É muito bonito. Usamos em família e não pode faltar”, pontua. Ele optou pelos coloridos, mas silenciosos. Já Dolores Lauermann, 59, confessa que até gosta, mas diz que o barulho a incomoda muito. Maurício Niches, 34, e o filho João Pedro Niches, 10, estiveram juntos dando uma olhadinha na loja de artefatos do Centro e levaram alguns deles. O pequeno conta que adora os fogos. “Lá em casa não pode faltar. Nem que seja uns estalinhos”, diz. O pai comenta que prefere observar sem efetuar o disparo. “Mas sempre compramos, o João gosta. Eu acho que é bom para manter o símbolo da época também”, finaliza.

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