Elefante branco. Reforma do ginásio não tem prazo para ser concluída
O que você fez nos últimos 15 anos? Quantas viagens realizou, quantos lugares conheceu, quais projetos colocou em prática? Muitos jovens montenegrinos, que hoje se destacam nas quadras da região, do Estado e até do País, não eram nem nascidos em 2005, quando o ginásio Domingos dos Santos, popularmente conhecido como Domingão, fechou as portas para o esporte e continua sendo um elefante branco na cidade.
A comunidade aguarda com ansiedade pela reabertura de um dos locais esportivos mais tradicionais de Montenegro. Palco de históricas disputas de voleibol, o Domingão completa, no início deste ano, 15 temporadas sem jogos. Em 2005, foi constatada e anunciada a necessidade de reparos, pois o tablado de madeira usado para futsal, voleibol e basquete, estava solto e esburacado.
No final de fevereiro do ano passado, o Prefeito Municipal Carlos Eduardo Müller, o Kadu, assinou o termo da ordem de início das reformas no ginásio. Inicialmente, o prazo para conclusão era de 120 dias. De lá para cá, a obra passou por avaliações, alguns valores sobre serviços que não estavam previstos surgiram durante a reforma e foram acrescidos e o prazo foi prorrogado algumas vezes. A falta de iluminação no Parque Centenário, no final de 2019, também colaborou para o atraso das obras.
Nesta semana, os corrimões estão sendo instalados na parte interna do ginásio. Os vidros já foram substituídos e, recentemente, foi feito um aditivo para a questão do telhado, que será trocado em breve. Depois, o piso será completamente retirado e um novo será colocado no local. “Não há um prazo para a conclusão, mas a ideia é agilizar o máximo possível as obras. Para isso, precisamos superar todos os entraves operacionais”, projeta o Secretário Municipal de obras públicas de Montenegro, Marcos Vinícius Sousa Dutra.
De acordo com o secretário, o objetivo da Administração Municipal é disponibilizar toda a estrutura do Parque Centenário para a comunidade. Isso inclui ainda o ginásio Azulão. Para que os vidros trocados recentemente não sejam vandalizados novamente, como foram os antigos, Dutra pretende instalar câmeras de videomonitoramento no local. “Vamos tentar desenvolver algo para evitar o vandalismo. Estabeleci como prioridade colocar câmeras no complexo”, frisa.