Alunos do primeiro ano serão contemplados na fase inicial de implantação
A partir de 2018, os alunos de 1º ano do Ensino Médio do Colégio Estadual AJ Renner terão aulas em tempo integral no período diurno. Com a conquista, que foi encaminhada no início do ano passado, a instituição se torna a única do Vale do Caí com adesão ao Programa de Fomento à Implementação de Escolas em Tempo Integral – uma iniciativa conjunta dos governos federal e estadual. De acordo com o cronograma do AJ Renner, em 2019, a novidade chegará para os alunos do 2º ano e, em 2020, para os do terceiro. O período noturno seguirá normal.
De acordo com o diretor do Colégio, Fernando Petry, algumas obras de adequação serão realizadas para receber os estudantes. Estão previstas reformas na cozinha, no refeitório e nos banheiros, que devem iniciar no meio deste mês e terminar em fevereiro. Serão oferecidos, ainda, novos espaços de aprendizagem, como salas temáticas por área de conhecimento, sala multimídia, sala de jogos e um projeto de robótica, por exemplo.
Representantes da instituição têm visitado, nos últimos dias, as escolas de Ensino Fundamental do município para apresentar as novidades e buscar matrículas. “O objetivo é melhorar a qualidade da educação pública. A comunidade tem sido bem receptiva e alguns pais já nos procuraram para saber como vai funcionar”, conta o diretor.
O tempo integral definido para as aulas é das 7h30min até as 15h30min, com almoço e um lanche oferecido em cada turno. Fernando salienta que esse horário ainda é passível de alteração. Com a implementação, a carga horária anual do Colégio no período diurno passará das atuais 800 para 1400 horas.
“Hoje, as aulas são muito teóricas, então se terá um tempo para levar o conhecimento para a prática”, explica o diretor. Ele aponta que, seguindo as diretrizes do programa, será fomentado que o aluno desenvolva habilidades que o auxiliem para sua escolha profissional no futuro. “Ele vai preparando o caminho desde o início.” Neste sentido, disciplinas como “Projeto de Pesquisa” e “Projeto de Vida” serão oferecidas para os estudantes. O responsável pela instituição ressalta, ainda, que aquele aluno que não escolheu uma carreira será trabalhado para que a definição ocorra no decorrer do processo de aprendizagem.
Os fundos para a realização do Programa vêm do governo estadual. O Ministério da Educação previa uma adesão de até 30 escolas gaúchas, mas, pela atual situação financeira do Estado, viabilizou-se apenas que 13 instituições entrassem. Fernando salienta, no entanto, que as que entraram serão tratadas como prioridade pelo governo, visto que existem exigências da União e um comprometimento do Estado. “Não vamos sofrer mais com a falta de professores, por exemplo, como tanto acontecia”, relata. O diretor aponta que o corpo docente para o novo ano já está praticamente fechado, abarcando o novo horário e as novas disciplinas.
