Cidade terá prédio de escritórios compartilhados

Inovação. Manhattan Coworking será voltado a pequenos empreendimentos e terá baixo custo de manutenção

Se muita gente mora em condomínio, por que não trabalhar no mesmo sistema tendo a vantagem de gastar bem menos para manter seu espaço profissional e, de quebra, estabelecer novos contatos? Nascida em 2005, nos Estados Unidos, a cultura do coworking (cotrabalho, em tradução livre) se ramificou por grandes cidades do mundo e agora desembarca em Montenegro graças a um projeto da BR Incorporadora, empresa local que já executou uma série de empreendimentos por aqui.

Sala decorada já pode ser visitada pelos interessados no local onde o empreendimento será erguido, na rua São João, 1.637, no centro de Montenegro

Gerente comercial da BR, Maicon Augustin conta que a ideia vem sendo gestada há cerca de um ano e meio. Como se trata de algo novo até mesmo no Brasil, uma equipe foi a São Paulo e Porto Alegre conhecer espaços de coworking para desenvolver um projeto bem alinhado à realidade local. “Esse conceito tem muita relação com os avanços da tecnologia, as novas formas de trabalho, a nova economia, as mudanças nas relações sociais. E isso não tem volta. Avaliamos o mercado, ouvimos os clientes e então apresentamos esse produto voltado exclusivamente à área comercial, que não existe em Montenegro”, ressalta.

Um dos maiores diferenciais desse tipo de empreendimento é a possibilidade de alugar não uma sala inteira, mas sim uma estação de trabalho. A proposta é que proprietários optem por este modelo que atrai interessados sobretudo pelo baixo custo. A locação mensal é estimada em cerca de R$ 150,00, conforme valores médios praticados hoje no mercado. Até oito delas podem ser montadas em uma mesma unidade.

O público-alvo abarca profissionais liberais, startups, autônomos, desenvolvedores de web design e tantas outras profissões que demandam pouco espaço físico para atuação. “O coworking é uma ótima alternativa, por exemplo, para as pessoas que trabalham em home office, porém não possuem um local para receber clientes. Aqui, elas dão uma cara mais profissional ao seu negócio”, enaltece Maicon.

Conforme Rodrigo Hening, presidente da BR, o empreendimento foi pensado também sob a perspectiva da relação “ganha-ganha”, ou seja, com vantagens ao cliente que compra a sala, à imobiliária que fecha a venda e também à incorporadora, que concebe e executa o projeto. “Para quem é investidor, por exemplo, formatamos a proposta de forma que se tornasse interessante como uma fonte de rentabilidade futura acima da média do mercado financeiro”, destaca Rodrigo.

A cultura do compartilhamento ganha cada vez mais espaço no mundo, sobretudo pela forma de pensar da geração jovem. No caso do Manhattan, os empreendedores acreditam que se estabelecerá um ambiente colaborativo entre profissionais de diversas áreas, o que pode se traduzir em novos negócios, possibilidades e conhecimentos. “É uma nova cultura já em desenvolvimento. Há pessoas de Montenegro que trabalham em espaços compartilhados em outras cidades da Região Metropolitana”, conta. Ambos se sentem satisfeitos pela enorme aceitação do produto (até a última sexta, havia somente mais 12 unidades à venda) e também porque se trata de um projeto que irá contribuir para o desenvolvimento econômico da cidade, em diversos aspectos. Montenegro possui tudo o que é necessário para prosperar, dizem.

Assinado pelo arquiteto Alessandro Ribeiro com colaboração da arquiteta Patrícia Kunzler, o condomínio contempla uma sala de reuniões não apenas para os condôminos, mas também para locação ao público externo, gerando fontes de renda para redução dos custos de manutenção. Uma copa e um terraço com pergolado com vista para a cidade complementam a estrutura. Assim, as pessoas terão um espaço de convivência para relaxar.

Meta é ter custo zero com condomínio
O Manhattan foi projetado para ter baixo custo de manutenção. Conforme Maicon e Rodrigo, o objetivo é que o prédio não gere despesas de condomínio aos proprietários e locatários. Painéis de LED serão instalados em três pontos do edifício para exploração de espaços publicitários. Além disso, boa parte da fachada terá placas de alumínio composto (ACM), que demandam baixa manutenção, assim como as esquadrias, que serão todas de alumínio. A chuva será captada para abastecer os banheiros sociais. A conta da luz será menor devido às placas para captação e geração de energia solar.

Outra fonte de recursos, diz Maicon, será a locação da sala de reuniões. Ele acredita que o espaço pode abrigar eventos e confraternizações de pessoas de fora do Manhattan. “Como trabalharemos com pequenos e médios empreendimentos em nossas salas, é importante levar todos esses detalhes em consideração para reduzir as despesas”, pondera.

Com cinco anos de mercado — a sede fica na rua Capitão Porfírio, 1.677 —, a BR consolidou seu nome como empresa que executa obras com qualidade e eficiência, sem atrasos e, às vezes, entrega antes do previsto. Nos últimos dois anos, cresceu cerca de 300%. Maior construtora de Montenegro, ela já ergueu cinco condomínios na cidade e dois em Igrejinha, possui três obras em andamento aqui atualmente e, ainda neste ano, dará início a um quarto projeto.

O Manhattan Coworking em números
— Entrega da obra em 36 meses
— Parcelamento em 60 vezes diretamente com a construtora
— Cinco pavimentos e um elevador
— Início das obras em fevereiro de 2019
— A entrega está prevista para abril de 2021

quanto custa?
As salas têm várias opções de tamanho, entre 10m² e 50m², com possibilidade de personalização. Valores à vista não estão sendo divulgados.
A BR anuncia, no entanto, que o financiamento parte de R$ 3.000,00 de entrada e 60 parcelas de R$ 497,00.

saiba mais
— Segundo a construtora, haverá sinal de internet wi-fi em todo o prédio, além de porteiro eletrônico
— No próximo sábado, 31 de março, ocorrerá plantão no local da obra, onde foi montada uma sala decorada. O horário é das 9h às 12h e das 13h30min às 17h. O empreendimento é na rua São João, 1.637, onde antigamente funcionava a sede da Rádio América.

Sustentabilidade
O prédio será equipado com placas para captação de energia solar. A ideia é zerar a conta da luz consumida nas áreas comuns. Esse sistema é uma das medidas para que a manutenção tenha o custo mais baixo possível. Além disso, a chuva será captada a fim de abastecer os banheiros sociais de todo o edifício.

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