Nova unidade de atendimento feminino tem espaço para atender a 30 mulheres
Montenegro acaba de ganhar uma unidade de recuperação para dependentes químicas, na localidade de Potreiro Grande, interior do Município. Trata-se do Centro Terapêutico Desafio Jovem Gideões.
Com capacidade de acolhimento de 30 mulheres, ele é o segundo destinado ao atendimento feminino das 13 comunidades terapêuticas mantidas pela instituição no Estado. O espaço possui quatro pavimentos, uma cozinha, dois alojamentos, uma casa para a diretoria, além de lavanderia, banheiros e escritório. Atualmente, há apenas duas acolhidas no centro e duas em processo de desintoxicação pelo Caps.
A rede é mantida com doações da comunidade e ajuda voluntária das famílias das abrigadas. Já o terreno que tornou possível a construção de uma unidade montenegrina, seguindo essa premissa, foi doação de Nelson de Oliveira, segundo o diretor da entidade, Ezequiel Klafke.
“Há cinco anos, o evangelista Nelson cedeu o local. Desde então, iniciou-se a construção do prédio e as solicitações de alvará dos bombeiros, da vigilância sanitária, para regularizar tudo. Nossa equipe é composta por psicóloga, enfermeira, duas monitoras e uma assistente social”, explica Ezequiel.
O diretor também relata que o tratamento de reabilitação é baseado no tripé Disciplina, Disciplina Espiritual e Terapia Ocupacional. “Por isso, desenvolvemos atividades práticas de artesanato, cultivo de mudas e, mais para frente, pretendemos iniciar a piscicultura. Os cursos são ministrados sempre em parcerias, com ex-reabilitados ou instituições que quiserem contribuir”, diz Ezequiel.
Durante nove meses, o trabalho assistencial é realizado com a dependente. “A importância da inauguração é muito grande para a comunidade local. Principalmente para ajudar as famílias que estão passando por problemas de drogadição. É mais um sistema de tratamento que pode ser utilizado, agregando valor aos já existentes que trabalham na mesma linha, como o Recreo e o Crer”, salienta Klafke.
E para trazer ainda mais benefícios aos cidadãos da região, um projeto para a inserção da Comunidade de Atendimento Masculino já foi enviado à Prefeitura Municipal. “A demanda maior sempre foi masculina e, em São Sebastião do Caí, que tem uma unidade de atendimento a esse público, entre os acolhimentos de outubro e novembro, 14 vieram de Montenegro”, conclui o diretor.
