Censo deve finalizar contagem da população este ano, mas entrevistas seguem

Foco dos recenseadores agora está no interior

Montenegro e cidades da região estão com 70% dos dados do Censo 2022 coletados. A informação foi revelada pelo coordenador do Censo no município, Márcio Salin, em entrevista ao programa Estúdio Ibiá. Conforme Salin, os esforços estarão voltados, até o final do ano, para a conclusão da contagem da população, com foco na zona rural.

A expectativa é que os questionários sigam sendo aplicados em 2023, especialmente no interior, onde a pesquisa está mais atrasada. “A gente está tendo mais dificuldade de logística, principalmente porque a área rural é muito grande. Também não compreende somente Montenegro, mas também Pareci Novo, Brochier, Maratá e Salvador do Sul”, afirma o coordenador.

Na área urbana, onde os esforços se concentraram desde o começo do Censo, a contagem da população já está quase finalizada. “O que vai ficar para o ano que vem são os questionários que a população responde durante a entrevista. Então, isso vai se estender ainda durante o ano que vem, porque são informações essenciais para o conhecimento da população”, conclui Salin.

Falta de recenseadores e recusa em responder o questionário são problemas
A previsão inicial era concluir o recenseamento da população em outubro. Mas o prazo foi adiado pelo IBGE para dezembro devido ao atraso na coleta dos dados. Agora, o instituto espera concluir o Censo 2022 em janeiro do próximo ano.

Dois problemas têm colaborado em maior grau para o atraso na realização do recenseamento: a falta de recenseadores e a recusa de alguns moradores em responder o questionário. Para facilitar a contratação, o Governo Federal editou uma medida provisória que desobriga o órgão a realizar concurso público, sendo possível a contratação através de processo seletivo simplificado.

Já o problema para responder o questionário se dá em maior volume quando os recenseadores não encontram o morador em casa. Conforme o coordenador do Censo em Montenegro, Márcio Salin, nesses casos o pesquisador deixa um recado com o seu telefone de contato, mas, na maioria das vezes, o morador acaba não retornando. “A gente pede para quem ainda tem aquele bilhetinho, que contate o recenseador para que seja feita essa entrevista. É possível realizar até mesmo pelo Whatsapp esse questionário. Essa é uma vantagem, porque o recenseador não precisa se deslocar até a residência da pessoa novamente”, aponta.

O coordenador afirma que é fundamental a participação da população respondendo ao questionário, pois os dados coletados não servem apenas para a área pública, mas também para o setor privado. “As empresas utilizam essas informações para tomar decisões em relação a investimentos e para saber onde têm a mão de obra que elas precisam, por exemplo. Isso tudo é muito importante para o desenvolvimento das cidades”, pontua.

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