LADRÕES “avaliam” tamanho e peso dos ornamentos antes de arrancá-los das sepulturas
O Cemitério de Frankreich, na localidade de Linha Pinheiro Machado, no interior de Brochier, pela segunda vez em cerca de 30 dias, foi alvo de furto. Na hora de escolher o que furtar, os meliantes dão preferência por objetos mais pesados e de fácil comercialização, como prata, bronze e demais materiais, apontam pessoas que tiveram violadas sepulturas de familiares. Na primeira ação registrada no local, um homem foi preso, mas, acabou solto. Agora, os moradores pensam no que fazer para evitar que o desrespeito volte a ocorrer.
Uma senhora que não quis ser identificada relata que foi difícil dormir na noite desse domingo. “Fiquei pensando o que teriam feito e o estado em que encontraria as sepulturas”, diz a moradora. Ela aproveitou a tarde da segunda-feira, 4, para avaliar os estragos. O cenário não estava como a cidadã imaginou. A depredação, em si, não ocorreu. Contudo, muitos ornamentos foram subtraídos, incluindo os crucifixos das sepulturas do pai e da mãe dela. “É muito triste ver isso”, desabafa a mulher.
Inácio Schrammel mora em frente ao Campo Santo e, como membro da Comunidade Luterana (IECLB) da localidade Linha Pinheiro Machado, é responsável por cuidar do cemitério. Ele relata que há poucos dias um indivíduo foi preso e outro fugiu do local, deixando uma sacola cheia de objetos para trás. “Semana passada uma senhora veio à minha casa entregar uns materiais, mas achei que eram coisas que ela tinha achado caídas por lá, e que eram daquele furto. Na quinta-feira, dia 30, outra pessoa me procurou. Quando fui lá ver, tinham feito uma limpa”, relata Inácio.
Desta vez, os moradores da localidade não viram movimentação no local, nem sabem precisar o dia exato em que o crime ocorreu. Inácio registrou boletim de ocorrência, através da delegacia online. Segundo ele, policiais já estiveram no local fazendo levantamento e coletando possíveis pistas. “Muita gente está perguntando o que dá pra fazer pra acabar com essa situação. Nós, moradores, vamos nos reunir pra pensar em alguma coisa. Não está fácil. Daqui a pouco vão estar invadindo nossas casas”, receia o membro da comunidade.
A reportagem entrou em contato com a delegada responsável pela Delegacia de Polícia de Brochier, para saber se há pistas sobre a autoria dos furtos e se a investigação também irá atuar nos locais que compram materiais como cobre e prata. Até o fechamento da edição impressa, não houve retorno.