Últimos dois casos deixaram vítimas feridas. Em outra ocorrência, houve registro de óbito
Nessa segunda-feira, 20, o pedestre Marcos Adriano da Silva Kerber, 47 anos, foi atropelado, na Via II, em frente à Secretaria da Saúde. Ele foi atingido por um Fiat Uno que saiu da rua Campos Neto e ingressou na avenida em direção ao Centro. Kerber foi removido ao Hospital Montenegro (HM), em estado estável. Ao longo da tarde passou por uma série de exames e permaneceu em observação. Já no dia sete deste mês, também na Avenida Júlio Renner, Susana Maria Specht de 58, foi atropelada por uma motocicleta. Como saldo do acidente, ela terá de passar, pelo menos, 120 dias em casa para se recuperar. Contudo, em ambos os casos os envolvidos ainda podem dizer que tiveram sorte, diferente da vítima Inajara Emília Cruz Krahl, de 76, que não sobreviveu ao impacto de um atropelamento para contar a história. Casos como esses chamam a atenção para a importância do cuidado ao atravessar a rua.
O condutor que atropelou Marcos Adriano alegou que a vítima cruzava em meio à pista, fora da faixa de segurança. Ele relatou ainda que o reflexo do sol ofuscou sua visão. Já no caso de Susana o motociclista não foi localizado pela reportagem. No dia do acidente, Suzana foi levada para o hospital e não teve a oportunidade de falar com o motociclista.
No final daquela tarde de terça-feira, Susana Maria só queria chegar logo em casa para cozinhar o feijão e aguardar o marido Valcir Marin para jantar, mas isso não foi possível. Ao desembarcar do ônibus que havia pego no Centro para ir até o bairro São Paulo, local onde mora, ela se despediu de uma amiga e preparou-se para atravessar a Via II, próximo ao Atacadão Timbaúva. Mas uma fração de segundo mudou os planos dela não só para aquela noite como para, pelo menos, os próximos quatro meses. Ao ser atropelada pela motocicleta Susana teve duas fraturas na perna esquerda, além de várias escoriações pelo corpo.
Depois da experiência, ela chama atenção dos pedestres para que redobrem os cuidados ao atravessar as ruas da cidade, especialmente na Via II.“Vi a moto perto do quebra-molas e achei que daria tempo para atravessar, não sei como ela veio tão rápido” , relata Susana. A resposta para a pergunta dela está ligada ao relato de pessoas que estavam no local e disseram para seu marido, que o condutor desviou do redutor de velocidade e passou por uma pequena brecha próximo a calçada.
Ela relata que nunca se sentiu segura para atravessar a rua em direção a sua casa, devido ao grande movimento do trânsito no local, principalmente no final do dia. “Nunca gostei de atravessar essa avenida. Aquele foi meu momento de azar. Assim como aconteceu comigo poderia ter acontecido com qualquer um”, desabafa.
A dona de casa tem razão quando diz que ninguém está livre de ser atropelado. E, o que é pior, as sequelas podem ser ainda mais graves ou fatais, como foi o caso registrado no dia sete de março, também na Via II. Na ocasião Inajara Emília Cruz Krahl, de 76 anos, perdeu a vida após ser atropelada. A vítima foi atingida por um automóvel Honda Fit e chegou a ser socorrida pelo Samu ao Hospital Montenegro (HM), onde veio a óbito por volta das 22 horas.“A gente tem que se cuidar”, pontua Susana.