O Cartório Eleitoral da 31ª Zona Eleitoral de Montenegro concluiu a preparação das urnas eletrônicas que serão utilizadas no segundo turno das eleições, no próximo domingo, 28. Na tarde desta sexta-feira, 19, houve verificação de urnas de seções, nas quais eleitores registraram problemas no primeiro turno.
O chefe de cartório, Diego Bonato Coitinho, esclarece que das 11 urnas em que houve registros de problemas, em Montenegro, pelos eleitores, dois fizeram Boletim de Ocorrência e nove registraram em ata. Aqueles que se identificaram foram procurados pelo Cartório, mas alguns tinham cadastro antigo e não foram localizados, para serem convidados a participarem da verificação das urnas. A verificação teve a presença também de representantes do Ministério Público, Justiça Eleitoral, Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) de Montenegro, Polícia Civil e imprensa. Houve divulgação na imprensa e na rede social Facebook, além de informado aos partidos.
Ele esclarece, no entanto, que essas verificações podem ser acompanhadas por qualquer cidadão interessado. O procedimento é aberto também para representantes de agremiações partidárias, mas nenhum partido mandou representante. A juíza Deise Fabiana Lange Vicente e a promotora de Justiça, Daniela Tobaldini acompanharam a verificação das urnas.
Alguns cidadãos expuseram dúvidas e relataram o problema observado no primeiro turno das eleições. Uma eleitora se confundiu na votação para senador, pois não sabia que deveria escolher dois candidatos e acabou colocando o número errado, anulando um dos votos. Outra também errou, invertendo número de candidatos para cargos diferentes. Diego afirma que, no Rio Grande do Sul, 115 mil votos para governador foram anulados por que os eleitores colocaram o número 17, mas não existe candidato para esse cargo com esse número.
O industriário Valério Marques de Souza, no entanto, garante que votou certo, mas estranhou que a palavra “FIM” apareceu logo após digitar o número para o cargo de presidente, antes dele teclar em “confirme”. Seu receio é que o voto não tenha sido registrado. Situação semelhante foi relatada pela vendedora Cely Santos. Ela também acredita ter votado da forma correta, mas diz que a votação para presidente foi finalizada antes dela confirmar o voto. “Eu acho que meu voto foi inválido”, disse ela. Ambos registraram ocorrência na Delegacia de Polícia. Durante a verificação realizada na tarde desta sexta-feira, Cely pode testar a urna de sua seção eleitoral, simulando uma votação e não houve problemas.
Para Diego, ambos podem ter “confirmado” o voto sem perceber. Ele observa que às vezes o eleitor vota rapidamente, olhando mais para a “colinha” do que para a tela e tecla o “confirma” de forma inconsciente. “É possível o eleitor confirmar no ‘automático’”, resume Diego. Deise salientou a importância de realizar a votação com calma, digitando o número, verificar a foto e, então, confirmar se estiver tudo certo. E no caso de o eleitor perceber problemas que o impeçam de votar, foi esclarecido que ele deve procurar o presidente da mesa, que tomará as medidas cabíveis no momento.
