Falecido no ano passado, o montenegrino Carlos Maroly Becker, o “Tio Marola”, será nome de rua em Montenegro. A homenagem foi proposta pelo vereador Talis Ferreira (PP) e foi aprovada, por unanimidade, em sessão ordinária da Câmara de Vereadores nessa quinta-feira, 25. A rua que receberá a nomeação é a hoje “Rua E” do Loteamento Porto Rico, no Porto dos Pereira. “Desde criança, eu cresci ouvindo as histórias dele”, contou Talis. “Ele deixou um legado na vida de todos nós, familiares e amigos também. Nós vamos eternizar o nome do Maroly para sempre na cidade de Montenegro.”
O mais novo de oito irmãos, Tio Marola nasceu em 1938. Jovem, ainda no início dos seus estudos no então Grupo Escolar 14 de Julho – hoje, Delfina Dias Ferraz – começou a demonstrar sua paixão pelo futebol. Ele jogou para diversos clubes locais e, mais tarde, quando problemas de mobilidade o forçaram a largar a bola, não deixou os gramados. Foi atuar na arbitragem e, destaca a biografia anexada à homenagem, se tornou um dos mais icônicos juízes de futebol da região. Foi quando surgiu o apelido pelo qual é conhecido até hoje.
O homenageado casou-se em 61 com Maria Helena Becker, com quem teve sete filhos e oito netos. “Ele era uma pessoa muito intensa, muito verdadeira em tudo o que fazia”, lembra a filha Silvania Becker, emocionada com o reconhecimento. “O pai vivia nos futebol, vivia assando carne, trabalhando em projetos de escola. E tudo com muita paixão. Ele ia estar muito feliz se estivesse aqui.”
Maroly serviu a Brigada Militar entre 1965 e 1981, atuando no policiamento ostensivo e também na oficina mecânica. Teve participação no economato de clubes tradicionais como AABB, Sociedade São Pedro e Taninão, onde marcou gerações com suas mesas fartas e jeito inconfundível. Mesmo após a chegada da velhice, ainda mantinha o amor pelo churrasco e, sempre que possível, comparecia às churrascadas do seu clube do coração, o Renner. Ele faleceu em outubro do ano passado aos 82 anos de idade. “O grande número de pessoas que compareceram aos atos fúnebres, mesmo sem divulgação devido à pandemia, reflete o quanto Carlos era querido na comunidade e demonstra que a sua existência jamais será esquecida”, traz sua biografia.