Carimbó e Vatapá para amenizar a saudade e acentuar as amizades

Integração. Paraenses que vivem em Montenegro mostram a sua cultura

A primeira noite “O Pará é aqui!” alcançou seu objetivo. Ao som da música típica e com a mesa farta da culinária do Estado do Norte, gaúchos acentuaram admiração e paraenses que vivem em Montenegro diminuíram a saudade de casa. O sotaque e a decoração do Espaço Comunitário Vale do Caí deixaram a noite de sábado, dia 18, com um clima de arraial.

Então os primos Mirian da Costa Guedes e Duegue Teixeira Costa abriram a roda e giraram ao som do Carimbó para todos verem. O rapaz de 25 anos chegou ao Rio Grande do Sul há cinco anos, atraído por uma oportunidade de emprego em linha de produção industrial. “Ah, mata a saudade. A gente se mobilizou para ter um pouquinho (do Pará) aqui”, confirmou, a respeito do evento organizado por conterrâneos. Costa está fazendo um “pé de meia” e, um dia, pretende voltar para sua terra, pois a saudade bate forte ao menor acorde da música típica.

Já Mirian, de 34 anos, pensa que ficar no Sul. Mas sua situação é diferente, pois chegou há sete anos casada com um gaúcho e agora é mãe. O esposo é motorista de caminhão e se conheceram em uma praia do Norte. A primeira vez que se mudou, Mirian fez uma transição de 40 para zero grau, pois chegou no fim de maio e então não as adaptou. Agora quem quer voltar para o Norte é justamente o esposo gaúcho, enquanto ela prefere ficar em Montenegro. “É calmo aqui. Você pode andar na rua com o celular na mão”. Além do mais, segundo ela, o salário naquela região é mais baixo.

Comer, beber, sorrir
Mas, não resta dúvida, que as comidas foram a grande atração da noite “O Pará é aqui!”. Uma das mais desafiadoras foi a Maniçoba, um prato que no visual lembra uma feijoada com carne bovina, mas que na verdade é feita unicamente com base da folha da mandioca brava, sem feijão. Devido a uma toxina da planta, precisa ser cozido durante sete dias.

Mas já nas primeiras garfadas, a comida foi aprovada pelos amigos Bruno de Oliveira e Thaís Silva. “É peculiar. Mas gostoso”, definiu a jovem. “Sabor gostoso. Semelhante à feijoada. Mas tem o sabor mais acentuado da erva no final”, descreveu o rapaz. Ambos concordam em relação a oportunidade de integração Pará e Rio Grande do Sul. E em meio a festa os desejos de uma segunda edição já foram manifestados.

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