Na noite de ontem, a Câmara dos Deputados aprovou algumas medidas para tentar reduzir o valor do diesel, diante da paralisação dos caminhoneiros. Como acordado anteriormente com o governo federal, o imposto Cide do produto foi eliminado. Para compensar as “perdas” na arrecadação dos tributos, alguns setores de empresas perderam o benefício da “desoneração da folha de pagamento” e terão que pagar mais.
A novidade é que, contrariando a opinião do Planalto, a Câmara também aprovou a proposta para zerar o PIS e o COFINS sobre o diesel – dois dos tributos com parcela mais significativa no custo do produto. O texto, com todas as medidas, agora vai para o Senado para votação. Estima-se que, se ele passar, a redução do preço do combustível seja entre 10% e 12%.
A isenção do PIS e COFINS deve valer até o fim de 2018, mas desagrada ministros como o da Secretaria de Governo, Carlos Marun. “Quero saber de onde sairá esse dinheiro”, disse ele, que foi até a Câmara ontem para tentar negociar a retirada da isenção do texto a ser votado.