Cidades da região estão infestadas do mosquito que transmite doenças
São Sebastião do Caí e Feliz estão entre os 85 municípios do Rio Grande do Sul que têm infestação do mosquito Aedes aegypti considerada de alto risco para a transmissão de dengue, zika e chikungunya.
No último levantamento do índice da presença do inseto, realizado entre maio e junho, as cidades tiveram mais de 4% dos imóveis vistoriados, onde foram identificados locais com água contendo presença de larvas do mosquito. Neste ano, já houve registro de mais de mil casos confirmados de dengue no Estado.
A Secretaria da Saúde (SES) alerta que as medidas de prevenção devem permanecer durante o Inverno, época em que há uma redução na circulação do mosquito. A Chefe da Vigilância Sanitária de Montenegro, Silvana Schons concorda com a SES e reitera que mesmo Montenegro não estando na lista com alto risco, o cuidado e prevenções contra o Aedes deve se manter durante todo o ano.
Montenegro tem Índice de Infestação Predial, o IIP, de 1,9, o que segundo Silvana, nos coloca em risco médio por enquanto. “Agora a manutenção desse status vai depender de todos. Vislumbramos índices cada vez menores. O risco existe mesmo com Montenegro não entrando na lista e todo nosso esforço é justamente para não entrarmos nesse ranking”, explica a Chefe.
O Levantamento Rápido IIP pelo Aedes permite que, com base nas informações coletadas, sejam identificados os bairros onde estão concentrados os focos de reprodução do mosquito, bem como o tipo de criadouro predominante.
O objetivo é que, com a realização do levantamento, os municípios tenham melhores condições de fazer o planejamento das ações de combate e controle do mosquito. Algumas das cidades que estão na lista de alto risco são: Uruguaiana, Canoas, Santa Maria, Alvorada, Novo Hamburgo, Porto Xavier, Horizontina, Passo Fundo, Esteio, Sapucaia do Sul, Ibiaçá e São Miguel das Missões.
Recursos estaduais
O governo do RS investiu R$ 4.837.420,79 neste ano para que 361 municípios desenvolvessem ações de prevenção e combate ao Aedes. Os recursos foram destinados às cidades consideradas infestadas pelo inseto, ou seja, que tiveram ao menos um foco de larvas do mosquito identificados nas armadilhas nos últimos 12 meses. Entre essas cidades, estão as 85 com o índice de infestação considerado de alto risco.
Como eliminar o mosquito em sua casa
Os depósitos preferenciais para os ovos do Aedes aegypti são recipientes com água parada ou até a parede desses, mesmo quando secos. Os principais exemplos são pneus, latas, vidros, cacos de garrafa, pratos de vasos, caixas d’água e outros reservatórios mal-tampados.
Para evitar o acúmulo de água onde o mosquito pode se reproduzir, é preciso tomar alguns cuidados. Aí vão algumas medidas a serem tomadas para acabar de vez com o mosquito:
– Tampar caixas d’água, tonéis e latões;
– Manter limpos os bebedouros de animais;
– Guardar garrafas vazias com o gargalo para baixo;
– Manter ralos, canos, calhas, toldos e marquises desentupidos;
– Não acumular água nos vasos de plantas;
– Manter a piscina tratada durante todo o ano;
– Colocar embalagens de vidro, lata e plástico em lixeiras fechadas.