Caça ao ninho do coelho é tradição passada através das gerações

PÁSCOA EM FAMÍLIA é mais gostosa. Lúdico é explorado para tornar a ocasião inesquecível

O pequeno Pedro Scheffer Lampert, 3 anos, está prestes a viver sua primeira caça ao ninho do coelho da Páscoa. Já a mãe dele, a empresária Tais Scheffer, 34, se prepara para mais uma “aventura” em família. A tradição da busca pelas guloseimas começou na infância de Tais, e depois de apresentar para sua afilhada, Giovana Scheffer Maggi, neste ano chegou a vez de ensinar o própriofilho a procurar a toca do coelho.

A Páscoa sempre foi uma data especial para Tais e sua família, marcada principalmente pelo sentimentos de união e amor. As memórias sobre a celebração começam a ser remontadas desde a época em que ela tinha, mais ou menos a mesma idade de Pedro, 3 ou 4 anos. “Lembro que minha mãe e minha dinda montavam os ninhos”, relata Tais.

O coelho já tem deixado doces para Pedro em reconhecimento ao seu bom comportamento

As imagens da decoração de Páscoa na casa também estão bem vivas na memória dela. “Minha mãe sempre decorou a casa no Natal e na Páscoa. Mantenho essa tradição, e o Pedro sempre me ajuda. Ouvir ele dizer que a casa ficou linda me motiva a continuar fazendo isso”, conta.

Além de manter a tradição da Páscoa, Tais aproveita a ajuda do coelho para trabalhar a disciplina com Pedro. Ações de bom comportamento são gratificadas com mimos deixados em um ninho, colocado no quarto do menino, pelo amiguinho peludo. Contudo, a maior experiência desta Páscoa, para Pedro, está por vir neste domingo, dia 9, quando o pequeno, junto com sua família, fará a caça ao ninho.

Tais estimula o lado lúdico de Pedro

Vai começar a procura pela trilha do coelho
Neste final de semana, Tais e seu esposo, o gerente de Tecnologia Lisiano Lampert , 36, levarão Pedro para o município de Três Cachoeiras, onde a magia promete acontecer. É lá que mora Zaida Scheffer Maggi, 58, tia e dinda de Tais, responsável por planejar e organizar a caça ao ninho. “Ela e minha mãe começaram isso. Nas primeiras caças ao ninho, na minha infância, morávamos juntas. A gente acordava de manhã e procurava o ninho dentro de casa. Depois que ela saiu da nossa casa, minha mãe deu continuidade a isso”, lembra Tais.

Zaida sempre usou a criatividade para atrair a atenção da afilhada, que mesmo depois de adulta continua seguindo as pistas deixadas pelo coelho para chegar até os presentes de Páscoa. O modo de operação da caça ao ninho funciona até hoje. Bilhetes com pistas são colocados em vários cômodos do imóvel de Zaida e em locais inusitados, como o galinheiro. A cada frase é dada uma dica para que o caçador chegue mais perto do ninho.

“A Páscoa sempre foi algo muito lúdico para nós. Crescemos e mantemos essa tradição na nossa família, passei a fazer caça ao ninho para minha afilhada e agora, depois de dois anos sem fazer, por causa da pandemia, faremos para o Pedro. É um momento muito gostoso de reunião e risadas em família”, avalia Tais.

Tais com os dindos Zaida e Alexandre
Lisiano Lampert e Tais Scheffer com a afilhada Giovana Scheffer Maggi

A memória afetiva dos doces caseiros
Zaida conta que costuma montar os ninhos para Tais com produtos do gosto dela, não necessariamente chocolates. Assim também era em sua própria infância. “Nunca tive caça ao ninho, mas lembro de quando ia na minha madrinha buscar meu presente de Páscoa. Eu levava sabonetinhos pra ela e ganhava doces. Meu irmão ia comigo, ele gostava dos merengues coloridos que ela fazia, acho que ela colocava suco de uva pra dar a cor”, lembra Zaida.

Tais também tem recordações sobre os itens deixados em seus ninhos quando era criança. “Por muitos anos minha dinda fez doces caseiros, pão de ló amerengado, bolachas caseiras. Cada vez que faço bolachas em casa me emociono ao lembrar dela”, revela Tais.

“Páscoa para mim é algo muito bom, valorizo muito, mesmo que a gente faça a troca dos chocolates por outros produtos”, conclui Zaida, mentora da caça ao ninho da família Scheffer.

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