MAIS SEGURANÇA. Guarnição circula de segunda a sábado, atendendo exclusivamente as demandas da comunidade
A Patrulha Escolar da Brigada Militar de Montenegro agora é denominada Patrulha Escolar Comunitária. Com a volta às aulas, uma guarnição passa a dedicar-se, de segunda à sábado, a patrulhar o entorno das escolas nas zunas urbana e rural, como forma de prevenir a criminalidade. Pais, diretores e comunidade escolar ganham mais atenção dos policiais, que ouvem suas demandas relacionadas à segurança, e as encaminham ao comando da BM para que medidas cabíveis sejam tomadas.
Até o ano passado, a Patrulha Escolar era voltada à prevenção à violência nas escolas, por meio de palestras. O sargento Estevão Benites e a soldado Daiana Brandt eram os responsáveis pelos trabalhos. A partir deste ano, a soldado Daiana atende unicamente as aulas do Programa Educacional de Resistência às Drogas e à Criminalidade (Proerd). Já o sargento Benites recebe o reforço do soldado Alexson Silva dos Santos nas ações da Patrulha Escolar Comunitária, que passa a ter novas atribuições.
O comandante do 5º Batalhão da Polícia Militar (5ºBPM), tenente-coronel Rogério Pereira Martins, destaca o uso exclusivo de uma guarnição para atuar na Patrulha. Segundo ele, ações como essa aumentam a sensação de segurança em meio à comunidade escolar e afastam pessoas mal intencionadas. “Resgatamos em Montenegro a exclusividade de uma guarnição só para fazer esse atendimento especializado. Todas as demandas que surgem dentro da escola são supervisionadas por essa equipe”, acrescenta o responsável pelo batalhão.
O gestor enfatiza que Patrulha Escolar Comunitária e Proerd são políticas complementares de segurança pública. “A Patrulha realiza a prevenção criminal, com visitas, identificando as escolas que apresentam maior propensão a desavenças, desordem, consumo de drogas. E, enquanto isso, o Proerd leva informações aos alunos”, explica.
O sargento Benites diz que as rondas são estabelecidas de forma estratégica pelo comando, visando atender a todas as escolas ao longo da semana. Não há como ir a todos os locais no mesmo dia, por isso, ocorre um rodízio. A guarnição realiza rondas durante a entrada e saída dos estudantes e nos intervalos. “Com essa separação, o comando deu mais autonomia na parte do policiamento e do combate ao crime no entorno das escolas”, acrescenta o policial.
Os agentes também mantêm comunicação com as escolas por meio de grupos no WhatsApp. E, quando necessário, são chamados para intervir em determinados casos dentro das escolas. “É feito um diagnóstico para ver se a questão ficou só no âmbito disciplinar da escola, se pode ser resolvida na comunidade escolar, ou se é passível de registro policial e acionamento de órgãos como o Conselho Tutelar e o Ministério Público”, detalha o comandante Rogério Pereira Martins.
Mais tranquilidade ao chegar na escola
O pequeno Gabriel Drehmer do Espírito Santo, de 7 anos, conta com a proteção dos pais, Fábio do Espírito Santo, 40 anos, e Camila Nunes Pinheiro Drehmer, 38, para chegar até o local de estudos. O pai do menino costuma estar atento, principalmente às questões que envolvem o trânsito na hora do desembarque e embarque do filho.
Para a família, a presença da Patrulha Escolar Comunitária é de grande importância, principalmente para aqueles pais que nem sempre conseguem levar seus filhos até a escola. “Dá mais segurança para os pais, para os próprios alunos. Controla o trânsito, que é muito intenso. Acho muito positivo”, diz Fábio.
Além de se informar sobre as necessidades da comunidade, os membros da Patrulha Escolar Comunitária também estabelecem vínculos de amizade. Animado, Miguel da Rosa Engel, 7 anos, aluno do segundo ano do Ensino Fundamental, foi “correndo” cumprimentar calorosamente o sargento Benites quando o viu em frente a sua escola.