Uma fila com 100 mães de família se formou em frente à Associação Comunitária da Vila Esperança, na tarde de sexta-feira, dia 24. Elas são cadastradas na Central Única das Favelas (Cufa) Montenegro, e foram receber cestas básicas da campanha “Solidariedade dá Química”, do Sindicato das Indústrias Químicas do Rio Grande do Sul (Sindiquim) e empresa Braskem.
O representante da entidade, Jonior Wurmb, aponta que a iniciativa marca o aniversário de 80 anos do Sindicato, comemorado no dia 30 de outubro; além do Dia do Químico (18 de junho). Foi realizada arrecadação em dinheiro junto a pessoas físicas e empresas associadas, como a Braskem; em sistema no qual a cada R$ 1,00 doado o Sindiquim colocou outro R$ 1,00. Um grande diferencial foi a compra dos donativos no comércio de Montenegro. Wurmb valorizou a iniciativa de, em meio à pandemia, substituir as festas aos profissionais e à entidade por solidariedade.
A relações institucionais da Braskem, Vick Martinez, salienta que a solidariedade é um braço social da indústria, que no Vale do Caí encontrou na Cufa um parceiro confiável e organizado. “A gente entendeu a importância de auxiliar as comunidades que temos este envolvimento, e realmente estender a mão neste momento em que as pessoas estão precisando de todo o auxílio possível”, descreveu.
O coordenador da Cufa Montenegro, Rogério Santos, apontou que a iniciativa se encaixa no Movimento Panela Cheia, lançado junto com o Mães da Favela. “Comentei com o pessoal do Sindicato dos Químicos, a importância de ter a panela cheia. Tem outras coisas, mas passar fome é o pior sentimento que tem”, comentou. Ele salientou que, apesar da pandemia estar enfraquecendo, ainda existe a inflação que castiga especialmente essa população vulnerável.