O Sindicato dos Profissionais de Educação dos Sistemas Municipais de Ensino de Montenegro e Pareci Novo (Sindepu) cancelou a carreata que faria nesta manhã de sábado, dia 20. A decisão, anunciada na noite de sexta-feira, levou em consideração a piora dos indicadores da pandemia, com recorde de bandeiras pretas no Sistema de Distanciamento Controlado.
A presidente do Sinpedu, professora Lucied Proença, pelas redes sociais, defendeu prudência diante de “um motivo de força maior”. A carreata seria justamente para manifestar o desejo de incluir professores e servidores da educação em grupo prioritário da vacinação. Ela salientou que o retorno das aulas de forma presencialmente está suspenso nas regiões de bandeira preta, a partir de terça-feira, com a publicação do mapa definitivo.
Em transmissão pela Internet, na noite de sexta-feira, o governador Eduardo Leite já havia informado, e ainda orientou que aquelas escolas com previsão para retornar na segunda-feiram dia 22, não iniciem as aulas em sala. A cogestão, no caso do ensino, não é válida. “Posso afirmar, sem dúvida nenhuma, que é o pior momento que enfrentamos, e não imaginávamos que enfrentaríamos…”, declarou o governador.
A partir de segunda-feira o estado adotará a suspensão geral das atividades e de aglomerações em locais públicos, todos os dias, das 22 às 5 horas. A medida vale também para as regiões em bandeira vermelha, devido à rápida e acentuada piora nos indicadores.
Nível mais crítico no que diz respeito à propagação da doença e à ocupação da capacidade hospitalar, a Bandeira Preta está presente em 11 regiões Covid, incluindo a R08 Canoas que engloba parte do Vale do Caí (leia mais https://jornalibia.com.br/destaque/r8-entra-na-bandeira-preta/). As outras 10 regiões ficaram com bandeira vermelha, que indica risco alto. É o pior cenário no Rio Grande do Sul desde o registro do primeiro caso de coronavírus, em março de 2020.