Descumprimento de TAC e águas impróprias para banho levaram ao fim do contrato com o administrador do balneário
Cumprindo uma recomendação do Ministério Público de Montenegro, a Prefeitura da cidade suspendeu banhos nas águas do rio Caí, no balneário municipal Afonso Kunrath, o Baixio. O local também deixou de contar com a presença de ecônomo. Agora, a administração pública quer transformar a área em uma espécie de parque.
O balneário municipal pertence à Prefeitura de Montenegro, sob responsabilidade da secretaria municipal de Indústria, Comércio e Turismo (SMIC). Conforme o secretário titular da pasta, Elias Silva da Rosa, as mudanças no Baixio se deram após uma reunião realizada no Ministério Público do município no dia 18 de dezembro do ano passado. Dois foram os motivos que levaram às alterações no balneário: um deles está relacionado à falta de balneabilidade das águas do rio Caí, o segundo é referente à quebra de compromisso estabelecida por meio de um Termo de Ajustamento de Conduta firmado pelo, até então, ecônomo, José Luis Soares, com o MP. Diante das duas situações, o Ministério Público indicou ao município que rompesse o contrato com o administrador e sinalizasse a proibição de banhos no local.
O secretário relata que lamenta a situação, mas diz que a Prefeitura precisa cumprir a recomendação estipulada pelo órgão. “Isso não é uma notícia positiva que gostaríamos de estar dando no Verão, por que o rio Caí, pra nós, é um dos pontos mais atrativos da cidade. Mas há uma indicação do Ministério Público que precisa ser cumprida”, reitera Elias. Ele não dá detalhes sobre o que foi descumprido no acordo firmado entre ecônomo e MP, contudo comenta que a questão envolve cláusulas, do contrato do administrador com a Prefeitura, que não foram atendidas pelo ecônomo.
Diante do impedimento do uso do local como balneário, não há previsão de quando será aberto processo de licitação para ocupação do espaço. No momento, a SMIC pretende transformar a área em uma espécie de parque. A comunidade pode ter acesso ao local, mas não deve se banhar no rio. Nesta segunda-feira, 8, placas serão colocadas no terreno informando sobre as condições da água e orientando os visitantes para que não entrem no rio. Conforme Silva, devido à suspensão das atividades do balneário, não há porque manter salva-vidas no local. O Corpo de Bombeiros da cidade receberá um ofício da Prefeitura comunicando sobre a decisão.
A partir de agora, a manutenção da área ficará por conta da secretaria municipal de Meio Ambiente. O local já começa a dar sinais de abandono. Lixo e grama alta colaboram para a proliferação de insetos, mas Elias relata que a situação deve mudar em alguns dias. E é isso que espera a dona de casa Elisete Verde. Ela e o namorado costumam ir ao Baixio para relaxar e fazer churrascos aos finais de semana, mas desta vez ficou decepcionada com o que encontrou por lá. De acordo com ela, há poucos dias o ambiente era outro, limpo e com grama cortada, agora há muito lixo espalhado pelo local e o mato começa a tomar conta.
Ela reclama também das árvores caídas que atrapalham o deslocamento de carro e da existência de um buraco na estrada de acesso ao balneário. A ideia de manter o Baixio aberto ao público agrada Elisete, porém, para ela, é preciso que haja segurança no local. Com a saída do ecônomo, a visitante sugere que um agente d Guarda Municipal seja destinado a fazer rondas nas instalações.