No início da manhã dessa terça-feira, 23, a Polícia Federal prendeu os ex-governadores do Distrito Federal José Roberto Arruda e Agnelo Queiroz, além do ex-vice governador Tadeu Filippelli, que também é assessor especial do presidente Michel Temer. Eles foram presos em Brasília, em suas casas, na operação “Panatenaico”, que cumpre 15 mandados de busca e apreensão, 10 mandados de prisão temporária e três conduções coercitivas.
A operação é baseada em delação premiada da Andrade Gutierrez e envolve um esquema de corrupção nas obras do estádio Mané Garrincha. O superfaturamento, segundo as investigações, chega à casa dos R$ 900 milhões. O estádio Mané Garrincha teve custo previsto de R$ 600 milhões, mas ao final de 2014 custou R$ 1,575 bilhão, tornando-se a arena mais cara de toda a competição.
Filippelli entra agora para a lista de assessores especiais de Temer investigados. Rodrigo Rochas Loures, Geddel Vieira Lima e José Yunes também apresentam problemas com a polícia. Além deles, os ministros Eliseu Padilha, da Casa Civil, e Moreira Franco, da Secretaria-Geral, ambos muito próximos do Presidente, também respondem inquérito no Supremo Tribunal Federal.