Um mar de motocicletas tomou conta do Parque da Expofesta, em Brochier, na manhã deste domingo para a largada da 7ª edição da Trilha do Carvão. Foi o ápice de três dias da festa organizada pelo grupo Jeep Motoclube Doguinhos, que contou com diversas atrações no já consagrado maior encontro de trilheiros do Rio Grande do Sul. Os 2.300 inscritos não superaram a marca recorde da edição de 2019 – 3.541 – mas marcaram mais um ano de integração, diversão e de bastante adrenalina.
“Eu sempre digo que o segredo da Trilha do Carvão são as pessoas que trabalham nela; é a união do nosso grupo”, destaca Matheus Neis, o vice-presidente do grupo organizador. “Nós quisemos, desde o início, fazer um evento que contemplasse o real sentimento dos trilheiros; que eles viessem e pudessem curtir uma boa festa com atrações que a gente só vê na televisão ou na internet. Então, tivemos vários ídolos aqui presentes no parque, como Jorge Negretti e Patrick Gaspareto.”
Shows variados de acrobacias e malabarismos com as motocicletas atraíram e encantaram vários visitantes; bem como as atrações musicais para públicos variados, que foram do sertanejo à música eletrônica. O evento, que não pôde ser realizado em 2020 e 2021 em função da pandemia, foi construído pelas mãos de mais de duzentas pessoas que trabalharam nesse final de semana. “Nós respiramos Trilha do Carvão 365 dias por ano. É todo dia conversando algo sobre o evento ou pensando em alguma estratégia”, lembra Neis.
Para a trilha, o ponto alto da programação, foi organizado um percurso de cerca de 80 quilômetros pelas terras do interior brochiense; a maior parte exclusiva para a Trilha do Carvão. O trajeto atraiu grupos de trilheiros de mais de 220 cidades gaúchas, além de representantes de Santa Catarina, Paraná, Minas Gerais, São Paulo, Pernambuco; e até do Paraguai e do Uruguai.
Em meio a essa multidão de motos estava a jovem Luiza Weschenfelder, de 20 anos de idade, vinda de Salvador do Sul. “Eu já tinha vindo aqui, pro evento, mas é a primeira vez que estou fazendo a trilha”, contou, antes da partida. Apaixonada pelo esporte, que pratica com os amigos há pouco mais de três anos, ela se diverte ao contar do que mais gosta ao participar de atividades do tipo. “É o barro. Aqui não tem segredo. É caindo, que a gente se diverte”, declarou.
Quem também se divertiu foi a pequena Júlia, de nove aninhos de idade, na garupa do pai, Ademir Miguel Lamd, que fez a trilha num triciclo. “É a primeira vez dela em Brochier, mas ela já participou de outras comigo”, contou ele, orgulhoso da disposição da menina. A jovem tinha um sorriso de orelha a orelha esperando a hora da partida, cedo da manhã. As atrações seguem durante a tarde.