Aprender, ensinar… e, claro, dançar

Passo, passo tesourinha. Pé na barra e suavidade nos movimentos é o que não falta no balé. Esse é um estilo de dança que se originou nas cortes da Itália Renascentista durante o século XV e que se desenvolveu ainda mais na Inglaterra, Rússia e na França como uma forma de dança de concerto. As primeiras apresentações diante da plateia eram feitas com o público sentado em camadas ou galerias, disposto em três lados da pista de dança. Sua principal parceira é a música clássica.

Débora pratica balé desde seus 11 anos e a dança virou sua paixão. Foto: arquivo pessoal de Débora Brandt Alencastro

Pelos palcos de Montenegro, a admiração por essa intervenção artística é visível. Quem tem história para contar nessa área é a professora e bailarina Débora Brandt Alencastro, de 34 anos, que iniciou seus estudos em arte com a dança aos cinco anos, com a professora Nonô Ritter. Em sua primeira experiência, ela participou das aulas durante dois anos, mas desistiu. “Tempos depois, fui a um treino de handebol, em São Sebastião do Caí, e no ginásio ao lado estava acontecendo um ensaio de dança. Me apaixonei novamente por essa arte e voltei a dançar por lá”, comenta.

Essa reaproximação ocorreu quando Débora tinha 11 anos e, desde lá, nunca mais deixou de estudar. No mesmo ano da retomada, já realizou sua primeira apresentação diante da plateia, na qual dançou jazz, seu estilo favorito na época, e balé clássico, por que era obrigatório. “A professora me convenceu que seria importante fazer balé para complementar o trabalho físico. Mas a experiência na apresentação foi muito bacana e prazerosa”, diz. Mal sabia ela que essa, futuramente, seria sua paixão.

Em sua família, Débora foi a primeira a se interessar pela dança como meio profissional. Embora, os parentes sempre tenham demonstrado interesse em apreciar as apresentações, ela foi a primeira a se arriscar nos palcos. “Sempre teve apreciadores, mas o encantamento pela dança iniciou assistindo aquele ensaio em São Sebastião do Caí”, recorda.

Atualmente Débora ensina as técnicas do balé para quem ainda está dando seus primeiros passos na arte. Ela leciona na Fundarte para 60 alunos. “Já atendi muito mais, mas hoje tenho as coordenações do Grupo de Dança e da Área de Dança da Fundarte, onde está inserido também o Projeto Dançar”, conta. Mesmo atuando como bailarina em espetáculos, a professora afirma que se realiza mesmo é com a alegria de seus alunos no palco.

Mostra de dança do balé da Fundarte
Se você tem vontade de conhecer os futuros dançarinos que estão sendo formados em Montenegrino, terá esta oportunidade durante a mostra de trabalhos das turmas que praticam o Balé na Fundarte. De acordo com Débora, as apresentações iniciam na quarta-feira, com duas sessões fechadas para as escolas, uma às 9h30min e outra às 15h.

Na quinta, a apresentação é às 19h30min; na sexta e no sábado, às 19h30min e às 21h; e, no domingo, às 16h. Essas sessões serão abertas ao público em geral. Os ingressos custam 15,00 para a comunidade e R$ 7,00 para sócios da Associação Amigos da Fundarte, assinantes do Jornal Ibiá, estudantes, alunos da fundação, pessoas acima de 60 anos e doadores de sangue, mediante a comprovação. As entradas podem ser adquiridas na Fundarte e todas as apresentações acontecem no teatro Therezinha Petry Cardona.

De acordo com a professora Débora, cerca de 150 bailarinos passarão pelo palco nos cinco dias da mostra de trabalhos, num total de 16 turmas. Os estudantes são de idades bem diferentes, desde os cinco anos até os 27. “Os alunos e a equipe trabalham muito durante todo o ano e este espetáculo é a culminância, colocando no palco todo o trabalho desenvolvido. A dança acontece também em cena; é uma forma de levar essa arte para o público”, antecipa. O tema desse ano é “História de Sherazade”, inspirado no conto “As Mil e Uma Noites”.

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