O pedido partiu dos pais dos estudantes que queriam os filhos no São João, mas foram matriculados em instituições distantes de suas residências
O grupo de pais que reivindicaram por vagas para os filhos na Escola Estadual Técnica São João Batista teve, finalmente, o pedido atendido. A solicitação foi realizada no final do mês de fevereiro no Ministério Público de Montenegro, onde os responsáveis pelos alunos pressionaram o poder público para garantir as vagas na instituição. Entre os argumentos estava o critério de zoneamento.
Desde o início das reivindicações, o Jornal Ibiá acompanhou o processo e, de acordo com o grupo, a falta de informação e justificativa pelo qual os estudantes – que ingressarão no 1º Ano do ensino médio – foram encaminhados para instituições distantes de suas residências resultou na desaprovação dos pais. O deslocamento e horário estavam entre as principais queixas, além de vagas que, segundo eles, estavam disponíveis na escola e não eram preenchidas conforme o interesse de cada um.
Na escola, a diretora do São João Batista, Juliana Cabreira Bender, explicou que, diferente do ensino fundamental, no médio não existe zoneamento escolar e, por isso, os alunos foram encaminhados para outras instituições na cidade. A diretora ainda acrescentou que no processo de inscrição na internet, os estudantes passam por uma triagem, onde a prerrogativa é dar preferência àqueles com menor idade entre os inscritos, o que não ocorreu. Procurada pela reportagem do Jornal Ibiá, no dia 21 de fevereiro, a Secretaria da Educação não atendeu as ligações, deixando alguns questionamentos sem resposta.
Após algumas reuniões, finalmente os pais tiveram o pedido atendido e conseguiram as vagas no São João Batista para os filhos. Nas redes sociais, muitos comemoram o fato atribuído à “luta coletiva sem nenhuma intervenção política” e uma nova polêmica surgiu.
Em uma publicação feita pelo vereador Joel Kerber, do Progressista, ele afirma participação no resultado, o que foi encarado como oportunismo por alguns dos envolvidos. “Aconteceu que eu e outros vereadores acompanhamos a situação e, inclusive, participamos de uma reunião na Escola Estadual A. J. Renner para tratar o assunto. Como tenho algumas articulações políticas, minha equipe entrou em contato com a Secretaria Adjunta de Educação do Estado e, posteriormente com a 2ª Coordenadoria Regional de Educação, para buscar uma alternativa”, disse o vereador. “Não entendo o motivo da repercussão negativa com a minha postagem. Esse resultado só foi possível graças ao empenho de várias pessoas aqui no município e no estado, não tirei mérito de ninguém, apenas postei porque fiquei feliz com o resultado, eu e outros parceiros.”