Ana Maria Rodrigues deixou o cargo ontem. Não há substituto nomeado
O prefeito Carlos Eduardo Müller (Kadu) demitiu ontem a secretária municipal da Saúde. Ana Maria Rodrigues ficou sabendo da exoneração ainda pela manhã e Kadu usou a parte da tarde para ir até a Secretaria e tranquilizar a equipe, dando suas orientações. Ainda não há novo nome para assumir o cargo.
Em entrevista exclusiva ao Jornal Ibiá, o prefeito afirmou que é tempo de analisar uma condição diferente para a Saúde. “Pela própria carga de trabalho e algumas situações que se criaram”, completou. “A gente está fazendo uma reestruturação para tirar um pouco o foco das inverdades que estão colocando na mídia.”
Kadu fez referência às recentes polêmicas envolvendo o setor, com circulação de informações pelas redes sociais que, segundo ele, acabam distorcidas e desgastam a imagem da Administração. “A decisão maior (para a demissão) é em cima dessas inverdades que vêm dando desgastes. A gente tem que proteger as pessoas”.
Semana depois da situação envolvendo a compra de duas caminhonetes VW Amarok – duramente criticada pelo baixo custo-benefício dos veículos nos serviços em que são utilizados – a Secretaria iniciou a última terça-feira, dia 7, cercada por uma nova polêmica. Desta vez, envolvendo um automóvel Ford Ka, que foi adquirido sem grandes alardes.
O burburinho se formou quando constatado que o carro estava no pátio da Saúde, sem placas e com documentos em nome de uma empresa de Minas Gerais. Além disso, ele constava como “inalienável até maio de 2019”, ou seja, sem possibilidades de transferência. As circunstâncias levantaram questionamentos sobre a procedência da compra e acabaram abalando ainda mais a imagem do órgão.
Ana Maria ocupou o cargo por vários anos, também nas gestões de Percival de Oliveira e Luiz Américo Aldana. Procurada pela reportagem, ela não se pronunciou sobre a saída.
Sindicância vai apurar problemas na compra do Ka
Kadu também se posicionou sobre a polêmica envolvendo a procedência do Ford Ka da Saúde. “O processo foi todo feito. Pela ata de registro de preço, com o edital, tudo como programado”, disse. De acordo com o prefeito, o documento localizado em nome da empresa mineira – e como “inalienável” – não é o documento correto de rodagem dele. “A situação está sendo tratada dentro do nosso departamento jurídico, que está fazendo as averiguações”, ressalta. A Administração decidiu pela abertura de sindicância para apurar as responsabilidades.