Apertem os cintos, porque os “carrinhos” estão de volta

Em junho acontecerá o 2º Festival de Drift Trike em Montenegro

Jaime busca apoio aos esportes radicais em Montenegro

Mais uma vez os trikes (carrinhos) vão descer a lomba da rua Simões Lopes Neto, dobrando na Flores da Cunha. O segundo festival de drift trike acontecerá no dia 4 de junho. De acordo com o organizador, Jaime Butenbender, o evento vai ser um pouco diferente, mas com o mesmo objetivo. “Buscamos sempre implantar uma cultura bacana na cidade. Desta vez teremos uma disputa de skate dowhill. Essa categoria também está crescendo muito no país”, diz. Com a iniciativa, Jaime pretende atrair mais visitantes à cidade e promover o apoio aos esportes radicais. Para assistir as competições não será cobrada entrada, já que ocorrem em via pública.

Entre os que vão participar está o porto-alegrense Cris Eccel, 39 anos, que também fabrica os veículos. Ele afirma que a pista, em Montenegro, não é uma das melhores, já que a decida não é tão íngreme, mas garante que em se tratando de disputa sempre há adrenalina. “O fato de ser dentro da cidade é o que é mais legal. Geralmente corremos em locais isolados. Tu olha para o lado e só enxerga mato”, compara. A pista também é considerada pequena, o que dificulta as ultrapassagens. Cris esclarece que o segredo para ganhar é sair na frente ou aproveitar o erro de quem está na frente. “No ano passado ultrapassei dois em uma só curva”, lembra.

No ano passado, Cris não ganhou a última corrida do Campeonato Gaúcho, disputada aqui, mas ficou em segundo. Ainda assim, com a pontuação obtida anteriormente, ele levou o título estadual para casa.

Desta vez a corrida é simbólica, já que o evento é um festival, mesmo assim ele está empolgado e confiante para ser o primeiro a cruzar a linha de chegada. “Tem premiação e tem competidores, então é válido. Mas claro, no Gauchão, por exemplo, a disputa é mais forte”, analisa.

O único problema que competidores do Drift Trike enfrentam é a falta de apoio. Mesmo com 19 troféus e disputando provas pelo Brasil inteiro, ele ainda precisa de patrocinadores. A paixão e a entrega dos participantes ainda mantém o esporte vivo, porém nem todos conseguem se dedicar efetivamente aos campeonatos pela falta de incentivo.

Leonardo pratica skate desde 2011 e pretende continuar disputando os campeonatos da modalidade

A novidade: Skate Dowhill
A novidade no festival será a disputa de longboard downhill speed — uma modalidade de skate na qual o skatista desce ladeiras em alta velocidade e em pé. Com 16 anos, Leonardo Klein Veradi, o Mozin, tem se destacado na modalidade e projeta continuar disputando campeonatos.

Em 2011, um amigo o convidou a assistir um campeonato e foi na arquibancada que nasceu a paixão pelo esporte. “E foi ali que pedi para meu pai comprar um skate para eu começar a brincar”, lembra o jovem.

Sete meses após ganhar o primeiro skate, ele conquistou um campeonato disputado em Nova Pádua, na Serra Gaúcha. No mesmo ano, 2012, ele foi disputar na Argentina seu primeiro Campeonato Sul Americano, no qual ficou em quarto lugar. Para a disputa em Montenegro, ele tem boas expectativas. “A gente sempre tenta ganhar né? Acredito que não vai ser fácil, pois nunca é, mas já passei por várias experiências e isso me deixa mais confiante”, diz.

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