Escola da Apae conclui comemorações de aniversário com a Festa da Família

Escola de Educação Especial Nossa Senhora Medianeira fez 40 anos no dia 7

Na manhã deste sábado, 11, o ginásio da Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae) recebeu a comunidade escolar para a Festa da Família, atividade que fechou a comemoração pelos 40 anos da Escola de Educação Especial Nossa Senhora Medianeira, completos no último dia 7. A diretora da Apae, Naia Sehn, destaca a importância do encontro. “Começamos a comemorar no dia do aniversário e hoje fazemos a Festa da Família, também em homenagem ao Dia das Mães. Lembrando que não é apenas a mãe de sangue, que alguns podem não ter junto neste momento. Mãe é quem assume a responsabilidade”, disse Naia.

Como um dos parceiros, o Sesc Montenegro oportunizou a presença do grupo Pernas de Pau de Teatro, vindo de Canoas. Eles apresentaram “Mira – Extraordinárias Diferenças, Sutis Igualdades”, uma obra livremente inspirada nas obras do artista plástico espanhol Joan Miró. Com bonecos gigantes, a peça aborda a integração de todos, apesar de cada um ter sua forma de ser. A apresentação, cheia de cores e com muita integração com o público, arrancou risos da plateia, composta por alunos, familiares e educadores.

Luciano Wieser, integrante do grupo teatral, citou o objetivo da peça, que também é o da Apae. “Em uma grande brincadeira, falamos das diferenças e de conviver com isso. Cada boneco tem suas peculiaridades, mas todos participam”, disse Wieser. Para abrilhantar a atividade de véspera do Dia das Mães, a ação contou com parceiros como a Unimed Vale do Caí, que fez o aferimento de pressão arterial e medição da glicemia. A ervateira Lago Verde também esteve presente, oferecendo mate a quem desejasse.


Gratidão pelo trabalho realizado

Nas famílias presentes, uma palavra era comum: gratidão. Antes de assistir à peça teatral, mães se emocionavam lembrando-se dos anos e anos de luta por seus filhos especiais. Maria Lúcia Rodrigues acompanhava a filha Daniela Vedoi, de 27 anos, no encontro. Nada muito diferente do que fez em quase três décadas. “Ela vem na Apae desde pequena. Vi muita coisa aqui. E quase sempre com as mesas professoras sabe, que agora vão se aposentar, e a gente sabe que vai sentir falta. É muito bom ver a evolução deles”.

Uma história parecida é narrada por Maria Leda Santarén. Sua filha, Janaína Santarén, hoje tem 32 anos e frequenta a Apae Montenegro desde que era um bebê. “Isso é uma benção. É de Deus”, resume a mãe. “Os professores são como pais pra eles. O dia em quem ela sair da Apae, vai se sentir perdida sabe”, relata. Mas também tem mãe que levou mais tempo para ter a oportunidade de ver seu filho evoluir na escola especializada. É o caso de Iliane Weizenmann. Sua filha, Izabel Weizenmann, de 12 anos, frequenta a escola apenas desde agosto de 2018. Moradoras da Localidade de Muda Boi, apesar das dificuldades da menina, ela seguia na escola regular. “Ela ia na escola, mas tinha resultado. Daí encaminharam e agora frequenta apenas a escola da Apae. E a gente já vê a diferença”, elogia Iliane.

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