O uso do medicamento é restrito a hospitais e a venda é proibida ao comércio
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) autorizou nesta terça-feira (20) o uso emergencial de um medicamento contra a Covid-19. Trata-se de um coquetel que contém a combinação de casirivimabe e imdevimabe (Regn-CoV2), dois remédios experimentais desenvolvidos pela farmacêutica Roche. É o segundo medicamento aprovado pela agência. O primeiro foi o remdesivir.
O que é o Regn-CoV2 e como ele será administrado:
- Os medicamentos devem ser administrados juntos por infusão intravenosa;
- O coquetel é composto por dois anticorpos monoclonais (casirivimabe e imdevimabe) que bloqueiam a entrada do vírus na célula;
- O tratamento é indicado para adultos e pacientes pediátricos (com 12 anos ou mais que pesem no mínimo 40 kg) que não necessitam de suplementação de oxigênio;
- Ele não é recomendado para pacientes graves;
- Ele não é indicado para prevenção da Covid-19;
- O coquetel já foi aprovado para uso emergencial nos Estados Unidos, Canadá e Suíça. Também teve recomendação de uso pela agência europeia de medicamentos (EMA);
- Ele não substitui as vacinas contra a Covid-19.
- A aplicação é intravenosa e o medicamento é indicado para o começo da doença.O uso é restrito a hospitais e a venda é proibida ao comércio.
Remdesivir
Em março, a Anvisa anunciou o registro do primeiro medicamento para pacientes hospitalizados com Covid-19, o antiviral remdesivir, que ainda está em estudos. O Remdesivir é produzido pela biofarmaceutica Gilead Sciences e o seu nome comercial é Veklury. Trata-se de um medicamento sintético administrado de forma intravenosa (injetado na veia). Ele age impedindo a replicação viral.
O gerente geral de Medicamentos e Produtos Biológicos da Anvisa, Gustavo Mendes, esclareceu que o remdesivir não é vendido em farmácia e pode ser utilizado apenas com supervisão médica. “É uso restrito pelos hospitais para que os pacientes possam ser adequadamente monitorados”, disse.