A Associação dos Municípios do Vale do Caí (Amvarc) lançou, nesta noite de terça-feira, dia 29, nota oficial a respeito do cenário atual provocado pela greve dos caminhoneiros. A entidade reitera que não muda sua postura de apoiar o movimento e suas justas reivindicações. Todavia apota que, após nove dias de greve, o setor produtivo da região começa a ser castigado pela falta de transporte.
O texto lembra que os 20 municípios que compõe a entidade têm sua economia quase exclusivamente alicerçada na produção agrícola e agropecuária. Setores – com inúmeras propriedades de agricultura familiar – que agora se vêem diante da grave ameaça de um prejuízo irreparável. E como as notícias são de que o acordo selado entre governo e lideranças grevista atendeu o que foi pedido pelo setor, a Associação pede cooperação dos grevistas.
Ela acredita que já é hora da situação voltar à normalidade; em um gesto de reciprocidade dos caminhoneiros com os agricultores. A Amvarc solicita que seja liberada a passagem de veículos carregando insumos essenciais ao restabelecimento das atividades econômicas. “O momento é de união e de responsabilidade acima de tudo”, finaliza a nota oficial.
Famurs também pede nova postura
Também a Federação das Associações de Municípios do Rio Grande do Sul (Famurs), que após consulta aos prefeitos gaúchos prestou apoio à paralisação, pede agora que os caminhoneiros permitam a circulação de cargas necessárias ao funcionamento de serviços básicos, como a Saúde. A nota oficial também aponta que o setor primário sofre prejuízos irreversíveis, além de classificar o momento como um colapso no abastecimento, e na iminência do caos. “A importância dos caminhoneiros já foi demonstrada, agora é preciso estabelecer limites para os efeitos da paralisação”, enfatiza o texto. A Famurs também solicita que seja liberado o transporte de insumos nas vias de acesso aos municípios gaúchos.