Ginástica artística. Meninas da cidade dão aula de equilíbrio e superação, e sonham em participar de campeonatos
A vida impõe desafios e obstáculos para todos. No meio esportivo, uma das modalidades que mais exige superação dos praticantes é a ginástica, considerada um ensinamento para a vida pela professora e ex-atleta montenegrina Lisiane Fell, que comanda o grupo Amplitude. As aulas capitaneadas por ela em uma academia do centro da cidade vão muito além da atividade física e reforçam o aspecto humano das futuras atletas.
Todas as terças e quintas, pela manhã e também à tarde, Lisiane busca passar tudo o que aprendeu na ginástica artística de uma forma leve, lúdica, que motive a criançada a sonhar alto no esporte. “Existem inúmeros desafios na ginástica e na vida, e você tem que superá-los, mas nem sempre consegue. Muitos jovens tentam uma vez, não conseguem e desistem. Um dos segredos da modalidade é a perseverança. Fazemos atividades externas com o grupo, vamos à pizzaria, assistimos filmes”, destaca.
O grupo Amplitude foi criado em 2015. Além da professora e das alunas, quem também tem papel fundamental para o crescimento da turma são os pais. “Eles (pais) apoiam, a parceria é muito boa. Amo fazer ginástica, e essas meninas dão um retorno de 1000%. Trabalhamos o equilíbrio, flexibilidade, ritmo e todo o condicionamento físico. Tem o senso de cumplicidade, trabalho em equipe, que vale para a vida toda”, explica Lisiane.
A talentosa Sophia da Silva Hummes, 10 anos, está no grupo desde 2015 e fala sobre seu aparelho preferido na ginástica. “Gosto mais da trave, porque consigo fazer ‘estrelinha’. O mais difícil para mim é o salto. Fazia exercícios de ginástica em casa, aí minha mãe me incentivou a entrar no grupo, pois é um esporte que gosto muito”, conta.
Motivada pela dança, Pietra da Motta Fernandes Koch ingressou no Amplitude em 2016. “Eu fazia balé, aí sempre arrisquei acrobacias, gosto muito de dançar, por isso resolvi entrar no grupo. A ginástica ajuda bastante no nosso equilíbrio. Meu aparelho preferido é o salto, porque podemos fazer de tudo, é multiuso. O salto é onde tenho mais dificuldade”, aponta.
A trave também é o aparelho preferido de Maria Eduarda dos Reis Flores, 9 anos, apesar das dificuldades que o equipamento oferece. “Assisti às Olimpíadas pela televisão, gosto de fazer estrelinha e acrobacias, sempre treinei em casa. Meu aparelho preferido é a trave, mas ainda tenho dificuldades, pois precisa de muito equilíbrio”, aponta.
A pequena Beatriz Appel, de apenas seis anos, participa das aulas desde o ano passado e sonha em ser uma grande atleta de ginástica artística. “Gosto de todos os aparelhos. Tem muitas meninas que participam de competições, e um dia também quero participar. Assisto ginástica em casa com minha irmã”, frisa.