Os pequenos foram convidados a participar de uma das maiores feiras de ciência e tecnologia do país, mas faltam recursos
Um grupo formado por quatro alunos do Jardim, da Escola Municipal de Educação Infantil Santo Antônio, em Montenegro, conseguiu um feito que merece destaque. Após várias etapas desenvolvendo projetos de pesquisa, que começaram em 2015, os pequenos estudantes foram convidados para participar da Fenecit – Feira Nordestina de Ciência e Tecnologia, que acontece de 18 a 22 de setembro em Recife. O problema é que faltam recursos para o custeio da viagem e da inscrição no evento. Para evitar a frustração dos “futuros cientistas”, pais e professores estão unidos para arrecadar fundos, mas para obter êxito é preciso que a comunidade colabore.
Em 2016 a professora Cinara longhi iniciou a primeira pesquisa de iniciação cientifica, que foi sobre a batata doce. No ano seguinte, a professora Maria Cristina Soares deu continuidade aos trabalhos de pesquisa com os alunos. Um dos grupos da docente chamou a atenção com um projeto sobre o feijão. Na pesquisa “Feijão pra quê?”, os alunos Nicole Koehls, Lucas Bergold, Manuella Silveira e Brenda Cardoso de Souza resolveram desvendar diversos aspectos relacionados ao grão.
A curiosidade dos alunos foi ainda mais aguçada através do conto infantil João e o Pé de Feijão. Eles realizaram diversos tipos de experiências, entre elas, o plantio do grão na horta da escola, em um pote com algodão e em cascas de ovos. “Eles tinham curiosidade em saber o que sairia de dentro da vagem”, conta a professora. O que parece uma brincadeira, na verdade, é o início de uma pesquisa científica. Eles elaboraram gráficos para apresentar o projeto e passaram a ver o alimento com “outros olhos”. Apartir disto, a escola notou aumento no consumo de feijão.
Fábio Juliano Motta é professor e pai da Brenda, de 6 anos. Segundo ele, a filha e os amiguinhos estão entusiasmados com a ideia de poder representar Montenegro fora do Estado. “É grande o orgulho que eles sentem de falar que ganharam medalhas e que vão viajar”, comenta Fábio. Ele também destaca a importância de ações como esta para o desenvolvimento intelectual das crianças. “O jovem que faz pesquisa mostra um potencial diferenciado. O trabalho coletivo é muito importante”, afirma.
Saiba como ajudar
Os quatro alunos irão viajar acompanhados por um responsável da família, pela professora Maria Cristina e pela diretora da instituição de ensino. Cada familiar irá arcar com as próprias despesas, mas os educadores e alunos necessitam de ajuda, pois além da viagem aérea e hospedagem, há cobrança de taxa de inscrição no evento.
Uma rifa foi realizada para ajudar a arrecadar valores. Além disso, existe a expectativa de que algum empresário da cidade se sensibilize com a causa e colabore de alguma forma.
Quem quiser ajudar com a doação de valores deve entrar em contato com a escola ou a própria professora. Os números para informações são 51 3632 6698 e 51 9 9624 5829.