Até outubro, a inflação dos alimentos caiu 4,56%, um recorde da série histórica. Isso quer dizer que em nenhum outro momento de mensuração desse indicador os preços de produtos consumidos em casa registraram uma queda de preços tão forte. Os dados são do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Todo mês, a instituição sai às ruas para avaliar quanto subiu ou caiu o preço de uma série de itens importantes para o brasileiro.
Parte dessa queda é explicada pela supersafra deste ano. Segundo informações da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), a safra 2016/2017 colheu 232,63 milhões de toneladas de grãos. Isso, na prática, significa uma maior oferta de arroz e feijão, por exemplo. A ração dos animais também ficou mais barata, o que reduziu o preço de carnes.
Entre os itens que ficaram mais baratos se destacam alguns que são importantes na mesa das famílias brasileiras. O feijão carioca, um dos mais consumidos no País, caiu 36,86% no ano. Se um saco de feijão custasse R$ 8 no início do ano, com essa queda, ele ficou mais barato e passou a ser comprado por R$ 5,05.
Tradicional, saudável e barato
O prato mais tradicional no País também ficou mais em conta no ano. Além do feijão, o arroz caiu 9,97%; o contra-filé ficou 6,71% mais barato. Para quem prefere o frango a carne bovina, o preço da proteína da ave caiu 9,93%.