EMBRIAGADO, motorista capotou e atingiu outros dois automóveis na rua Campos Neto
Um motorista bêbado protagonizou um acidente de trânsito envolvendo outros dois automóveis. O fato ocorreu na noite de terça-feira, 5, na rua Campos Neto, bairro São Paulo, em Montenegro. Uma mulher que estava na carona de um dos carros atingidos ficou ferida. O condutor tentou negar sua responsabilidade sobre a condução do automóvel.
Conforme registro da Brigada Militar, o indivíduo, residente no bairro Aeroclube, se deslocava em um Fiat Pálio quando perdeu o controle da direção e capotou. O veículo atingiu um Ford Fiesta que estava estacionado, e um Fiat Uno que passava pelo local.
Segundo Daniel Alexandre de Lima, proprietário do Fiat Uno, o responsável pelo acidente fazia o trajeto no sentido Secretaria de Saúde/bairro. A vítima se deslocava na direção oposta. Daniel relata que por pouco o acidente não teve consequências mais graves. “Ele capotou e bateu no Fiesta que estava estacionado. O carro continuou capotando e veio por cima do meu.Consegui puxar um pouco para o lado, mesmo assim, pegou as duas portas do meu carro, quebrou vidros”, explica. “O espelho retrovisor entrou pra dentro do carro e acertou meu nariz. Minha esposa se machucou com o sinto”, conta Daniel.
A Brigada Militar constatou sinais de embriaguez no condutor do Pálio. Ele apresentava falta de coordenação motora, fala enrolada e hálito etílico. O homem foi levado para prestar depoimento na Delegacia de Polícia de Pronto Atendimento (DPPA), e, após, foi liberado. Segundo a delegada plantonista, Cleusa Spinato, não houve autuação em flagrante porque o acidente resultou apenas em danos materiais. O inquérito policial irá apurar os fatos.
Testemunhas relatam que, antes da chegada da BM, o indivíduo negou que estivesse dirigindo o automóvel. O homem teria ligado para sua irmã para pedir que ela fosse até o local do acidente e assumisse a culpa pelo ocorrido. A informação é confirmada por Daniel, motorista do Fiat Uno. “Ele falou que tinha mais gente no carro, mas só estava ele. Primeiro ele disse que era a irmã dele que estava dirigindo, mas ela chegou depois no local do acidente. Aí ele mudou a versão, disse que o carro vermelho se atravessou na frente dele. Só que o carro estava estacionado”, confirma Daniel. “Ele estava muito bêbado, não parava quieto”.
A reportagem tentou contato com o motorista acusado de embriaguez ao volante. Mas, até o fechamento da edição impressa do Jornal, não houve retorno.
Outro caso que marcou a história da rua Campos Neto
Próximo ao local onde ocorreu o fato nessa terça-feira, outro grave acidente tirou a vida de uma educadora e mãe de família. Em agosto de 2018, a professora Aline Fabiana da Rosa Silva de Sá, de 39 anos, e a filha dela – na época com 16 anos – foram atropeladas quando andavam sobre a calçada. Aline não resistiu aos ferimentos e morreu.
O inquérito entregue Justiça, pelo Setor de Investigações (SI) da 1ª DP de Montenegro, investigou a prática de racha de automóveis na hora do atropelamento. Duas pessoas foram indiciadas. R.R.T, condutor do GM Primas que atropelou Aline, foi indiciado por crime de Homicídio Doloso com Dolo Eventual (Artigo 121 Código Penal), por uma ação consumada e uma tentada (contra duas vítimas, sendo uma fatal).
O motorista do segundo veículo (WV Golf) envolvido no racha – R.G.A. – foi enquadrado em parágrafos do Artigo 308 do Código de Trânsito Brasileiro (CTB). Entre eles, pela prática, na direção de veículo automotor, em via pública, de corrida, não autorizada pela autoridade competente, gerando situação de risco à incolumidade pública ou privada.
Conforme a 1ª promotora Maristela Schneider, da Promotoria de Justiça de Montenegro, a ação penal contra os réus está na fase inicial de tramitação na Vara do Júri. “No momento o processo aguarda ser marcada audiência de instrução e julgamento pelo Juízo, onde serão ouvidas as testemunhas arroladas pelas partes e, após, prolatada sentença, os réus poderão ser julgados pelo júri popular ou não, conforme a decisão. Se não forem a juri, serão julgados pelo Juiz da Vara Criminal Comum” explica a promotora.
A promotora diz ainda que o processo teve seu tramite retardado em razão da pandemia e por ele ainda ser físico. “Agora com as atividades judiciárias voltando ao normal e o processo sendo digitalizado para tramitar de forma eletrônica, temos a certeza de que tramitação dele será bem mais ágil, trazendo a Justiça que o caso espera e merece”, conclui.