Especial Expointer. Pavilhão é atração ao público e oportunidade de expansão aos agricultores
Os primeiros dias da Expointer já assinalam que a edição 2019 seguirá sua tradição de superar números e conquistas. No domingo, 25, os mais de 93.500 visitantes contribuíram para estipular um novo recorde de 147.585 pessoas nos dois primeiros dias. A maior feira de agricultura e pecuária a céu aberto da América Latina é uma grande festa, que reúne um público formado por quem tem interesse em negócios com o setor primário e quem gosta de ver animais, máquinas, artesanato e comidas típicas.
E para representar estes dois últimos seguimentos o Pavilhão da Agricultura Familiar é um paraíso de sabores, cores, odores e novidades. Tem para todo gosto. De embutidos e queijos, passando por sorvete de fabricação caseira, pães, cucas, biscoitos, geléias, mel; e até vinhos. Além disso, facas, pilchas, pelegos, arreios e erva-mate antecipam a Semana Farroupilha. Tudo de pequenos negócios familiares estimulados pela Emater.
Na tarde de segunda-feira, 26, a montenegrina Bárbara da Conceição ficou na banca 208 vendendo os produtos a base de Aipim colhido em Campo do Meio. Enquanto isso, a sogra Ana Cristina de Mello dos Santos mantinha os fornos da C&I Agroindústria Familiar quentes e produzindo. O Biju é receita de infância. “É uma herança dos meus pais, que minha avó fazia”, revelou Ana Cristina, em entrevista que concedeu sábado, na Casa do Agricultor.
Com este valor afetivo agregado, há 10 anos ela transformou a produção informal em agroindústria, em sociedade com a saudosa Regina Wadenphul. Hoje, a parceria é com o viúvo Erni Wadenphul, que sedia em sua propriedade esta empresa tocada apenas pelas duas famílias vizinhas. A C&I vende em padarias, mercados, na Casa do Produtor e no Mercado do Artesanato (sextas-feiras na praça Rui Barbosa). Além disso, integra a Associação de Agricultura Familiar e fornece bolachas e pães para a Merenda Escolar em Montenegro.
Vale do Caí e suas receitas com gostinho de casa
No estande da tradicional panificadora de Maratá Amigos da Nadir, está Airton Metz, filho da fundadora dona Nadir. Ele garante a qualidade das cucas e pães, iniciada em 1999, na casa da família, com o velho forno à lenha e para uma venda entre amigos e nas festas da cidade. Com apoio da Emater, hoje são cinco pessoas da família e dois funcionários, vendendo para diversas cidades do Estado e do Brasil, em estrutura capaz de produzir 1 mil pacotes de bolacha e 500 pães ou cucas por dia.
Inclusive na Feira novos contatos foram alinhavados, pensando na expansão de seu mercado. O mesmo aconteceu com a Doces Vapor Velho, de Montenegro. Gilberto Rodrigo Kauer afirma que o diferencial da Bergamota e da Laranja como ingrediente único e da produção natural, despertam a procura. E as vendas recordes no primeiro final de semana surpreenderam. “Tanto que a mãe foi para casa fazer mais geléia”, recorda. (veja mais no vídeo)