PLANTAÇÃO e estrutura. Perdas incluem lavoura, silagem ao gado e nas edificações
A Prefeitura estava contabilizando os estragos quando a enchente retornou ao seu local de origem neste início da semana. Novamente parte do Centro foi inundada, assim como comunidades da Zona Rural, inclusive com a ERS-124 bloqueada na Várzea e no Matiel.
Este novo cenário pode afetar o relatório prévio concluído no dia 8, que aponta perdas na ordem de R$ 47.260.840,00 na Produção Primária, base da economia local. A pecuária, com morte de animais e danos a pastagem e milho para silagem, soma mais R$ 442.000,00.
Estão inclusas todas as culturas vegetais, olericultura, fruticultura, floricultura, produção de mudas; e pecuária (bovinocultura de corte e leiteira, e avicultura). O número também engloba danos estruturais severos e irreversíveis em edifícações de trabalho e moradia. O relatório, assinado pela Secretaria de Agricultura e Emater, cita “situações emergências socioassistencias de difícil mensuração”.
Um setor preocupante é das hortaliças, que refletirá na falta de produção ao Mercado Institucional, sobretudo a compra à Merenda Escolar através do Pnae (Programa Nacional de Alimentação Escolar). Segundo a secretária de Planejamento e Desenvolvimento Econômico, Juliana Arnhold, a citricultura deverá perder 50% da safra; inclusive a variedade tardia da Bergamota Montenegrina que está caindo por excesso de umidade.
Famílias voltaram aos abrigos
No final de semana, Pareci Novo precisou evacuar famílias que haviam retornado para casa. No ponto de acolhimento do Ginásio Municipal (ao todo são cinco), oito voltaram. A cozinha retornou ao pavilhão comunitário da Igreja Matriz, com expectativa de retomar o preparo de 650 refeições diárias.
O nível da água nesta segunda-feira era menor, mas em mesma escala da enchente de novembro, que até então era a maior da história de Pareci. A cidade tem muitos agasalhos, mas precisa de produtos de limpeza, de higiene pessoal e bucal; cestas básicas; roupas de cama; cobertas; toalhas; travesseiros; utensílios domésticos (como talheres; e mobiliário (especialmente fogões). A central de doação é o Ginásio Municipal no Centro.
Período eleitoral pode ser obstáculo
A manhã de segunda-feira, 13, foi de reunião na Prefeitura, na qual foi preocupação as limitações do Ano Eleitoral, frente à demanda de reconstrução. Ao longo de todo o ano, por exemplo, não podem ser implementados projetos de assistência que já não estivessem em andamento em 2023.
Isso interfere em planos como o de realocar moradores das áreas de risco; incluindo as 10 casas colapsadas ou destruídas. A preocupação é ser interpretado como benefício individual ao grupo de moradores. Já danos ao Patrimônio Público, como a ponte arrancada em Despique, é reconstrução e entra nos recursos repassados pela União. A tarde o Município apresentou números à Defesa Civil Nacional. Um relatório preliminar já havia sido enviado, mas Pareci ainda não foi contemplada.