Agricultura de Pareci terá perdas de R$ 47 milhões

PLANTAÇÃO e estrutura. Perdas incluem lavoura, silagem ao gado e nas edificações

A Prefeitura estava contabilizando os estragos quando a enchente retornou ao seu local de origem neste início da semana. Novamente parte do Centro foi inundada, assim como comunidades da Zona Rural, inclusive com a ERS-124 bloqueada na Várzea e no Matiel.

Este novo cenário pode afetar o relatório prévio concluído no dia 8, que aponta perdas na ordem de R$ 47.260.840,00 na Produção Primária, base da economia local. A pecuária, com morte de animais e danos a pastagem e milho para silagem, soma mais R$ 442.000,00.

Uma urgência é refazer ligação com ponte entre comunidades rurais de Despique e Campestre

Estão inclusas todas as culturas vegetais, olericultura, fruticultura, floricultura, produção de mudas; e pecuária (bovinocultura de corte e leiteira, e avicultura). O número também engloba danos estruturais severos e irreversíveis em edifícações de trabalho e moradia. O relatório, assinado pela Secretaria de Agricultura e Emater, cita “situações emergências socioassistencias de difícil mensuração”.

Um setor preocupante é das hortaliças, que refletirá na falta de produção ao Mercado Institucional, sobretudo a compra à Merenda Escolar através do Pnae (Programa Nacional de Alimentação Escolar). Segundo a secretária de Planejamento e Desenvolvimento Econômico, Juliana Arnhold, a citricultura deverá perder 50% da safra; inclusive a variedade tardia da Bergamota Montenegrina que está caindo por excesso de umidade.

Famílias voltaram aos abrigos

enchente de maio de 2024 - Pareci Novo - ajuda aos flagelados
Nesta segunda-feira, dia 13, moradores precisaram retornar aos abrigos e solicitar mais donativos

No final de semana, Pareci Novo precisou evacuar famílias que haviam retornado para casa. No ponto de acolhimento do Ginásio Municipal (ao todo são cinco), oito voltaram. A cozinha retornou ao pavilhão comunitário da Igreja Matriz, com expectativa de retomar o preparo de 650 refeições diárias.

O nível da água nesta segunda-feira era menor, mas em mesma escala da enchente de novembro, que até então era a maior da história de Pareci. A cidade tem muitos agasalhos, mas precisa de produtos de limpeza, de higiene pessoal e bucal; cestas básicas; roupas de cama; cobertas; toalhas; travesseiros; utensílios domésticos (como talheres; e mobiliário (especialmente fogões). A central de doação é o Ginásio Municipal no Centro.

Período eleitoral pode ser obstáculo

catástrofe climática no Rio Grande do Sul - maio de 2024 - município de Pareci Novo - enchente derruba 10 casas
Pareci registra 10 casas colapsadas ou inteiramente destruídas, e cidadãos precisarão de apoio. Foto: Prefeitura

A manhã de segunda-feira, 13, foi de reunião na Prefeitura, na qual foi preocupação as limitações do Ano Eleitoral, frente à demanda de reconstrução. Ao longo de todo o ano, por exemplo, não podem ser implementados projetos de assistência que já não estivessem em andamento em 2023.

Isso interfere em planos como o de realocar moradores das áreas de risco; incluindo as 10 casas colapsadas ou destruídas. A preocupação é ser interpretado como benefício individual ao grupo de moradores. Já danos ao Patrimônio Público, como a ponte arrancada em Despique, é reconstrução e entra nos recursos repassados pela União. A tarde o Município apresentou números à Defesa Civil Nacional. Um relatório preliminar já havia sido enviado, mas Pareci ainda não foi contemplada.

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Após recuo, inundação voltou ao Centro de Pareci Novo na segunda-feira, dia 13 de maio de 2024

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