Agricultoras do Vale marcharam em Brasília

O campo gaúcho foi representado por 800 entre mais de 150.000 trabalhadoras rurais que fizeram a 7ª Marcha das Margaridas neste ano, em Brasília. Nos dias 15 e 16 foi realizada essa que é a maior ação política de mulheres da América Latina com protagonismo daquelas ligadas a agropecuária, as floresta e as águas.

A Regional Vale do Caí da Federação dos Trabalhadores Rurais (Fetag) levou 45 mulheres, das quais quatro eram montenegrinas; Maria Regina da Silveira, presidenta do Sindicato dos Trabalhadores Rurais; Sirlei Maria Schardong; Neida Teresinha da Silva e Brenda Khel.

7ª Marcha das Margaridas - 2023 - Brasília - mulheres agricultoras da Regional Fetag Vale do Caí
Campo do Vale do Caí foi representado por 45 trabalhadoras ligadas a Regional Fetag Vale do Caí

A Marcha é coordenada pela Confederação Nacional dos Trabalhadores Rurais Agricultores e Agricultoras Familiares (Contag) e 16 organizações parceiras e acontece a cada quatro anos. Nesta edição tem como lema “Pela Reconstrução do Brasil e pelo Bem Viver”. Na quarta-feira aconteceu a tradicional marcha até o Congresso Nacional, carregando a bandeira de Reconstrução do Brasil e pelo Bem Viver.

A pauta da Marcha das Margaridas já havia sido entregue ao Governo Federal, durante evento com a participação de 13 ministras e ministros de Estado, no Palácio do Planalto, no dia 21 de junho. Os documentos trazem os anseios, os quereres e as prioridades apontadas pelas Margaridas e as propostas estão organizadas em 13 eixos temáticos:

– Democracia participativa e soberania popular;
– Poder e participação política das mulheres;
– Vida livre de todas as formas de violência, sem racismo e sem sexismo;
– Autonomia e liberdade das mulheres sobre o seu corpo e a sua sexualidade;
– Proteção da Natureza com justiça ambiental e climática;
– Autodeterminação dos povos, com soberania alimentar, hídrica e energética;
– Democratização do acesso à terra e garantia dos direitos territoriais e dos maretórios;
– Direito de acesso e uso da biodiversidade, defesa dos bens comuns;
– Vida saudável com agroecologia e segurança alimentar e nutricional;
– Autonomia econômica, inclusão produtiva, trabalho e renda;
– Saúde, Previdência e Assistência Social pública, universal e solidária;
– Educação Pública não sexista e antirracista e direito à educação do e no campo;
– Universalização do acesso à internet e inclusão digital.

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