Adultos devem atualizar sua caderneta de vacinação

Manter a caderneta de vacinação em dia é crucial para a saúde pública e individual, um ponto frequentemente subestimado por muitos adultos. Embora seja comum associar a vacinação à infância, a imunização contínua é vital ao longo de toda a vida. Segundo o Instituto Pfizer, a vacinação de adultos não só protege a saúde individual, mas também desempenha um papel significativo na prevenção de surtos de doenças e na proteção de grupos vulneráveis, como idosos e pessoas com imunidade comprometida.

Se você não tem certeza de quais vacinas já tomou, consulte seu médico ou procure os serviços de saúde pública para verificar seu histórico de vacinação. Em casos de perda da caderneta de vacinação, é melhor considerar que não foi vacinado, pois a administração de doses adicionais não traz riscos significativos. Manter-se informado e atualizado com as vacinas recomendadas é uma parte essencial da manutenção da saúde em todas as fases da vida.

As vacinas são uma das formas mais eficazes de prevenir doenças infecciosas que podem ter impactos severos na saúde. Doenças como hepatite B, influenza e tétano podem ser evitadas com a vacinação adequada. Além disso, certas infecções podem ser reativadas ou adquiridas na vida adulta, tornando as vacinas uma defesa crucial.

A vacinação não é apenas uma questão de proteção individual. Quando uma alta porcentagem da população está imunizada, a propagação de doenças é limitada, protegendo aqueles que não podem ser vacinados, como pessoas com sistemas imunológicos comprometidos ou alérgicas a componentes da vacina. Algumas vacinas administradas na infância perdem sua eficácia ao longo do tempo, exigindo doses de reforço para manter a proteção. Além disso, novos desafios à saúde, como variantes emergentes de vírus, requerem vacinas atualizadas ou novas.

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Doenças que têm vacina
Hepatite B: A doença infecciosa, causada por um vírus que ataca o fígado, pode levar a complicações como cirrose e câncer hepático. O vírus B da hepatite (HBV) está presente no sangue e secreções, e a hepatite B é também classificada como uma infecção sexualmente transmissível. Inicialmente, ocorre uma infecção aguda e, na maior parte dos casos, a infecção se resolve espontaneamente até seis meses após os primeiros sintomas, sendo considerada de curta duração.

Tríplice Viral (Sarampo, Caxumba e Rubéola): O sarampo é uma doença infecciosa aguda, viral, transmissível, extremamente contagiosa e muito comum na infância. Pode causar infecção nos ouvidos, pneumonia, ataques (convulsões e olhar fixo), lesão cerebral e morte. Já a Caxumba pode atingir qualquer tecido glandular e nervoso do corpo humano, mas é mais comum afetar as glândulas parótidas, que produzem a saliva, ou as submandibulares e sublinguais, próximas ao ouvido. A Rubéola é uma doença relativamente grave, causada por um vírus que é transmitido de um indivíduo a outro por meio do contato com secreções emitidas por um paciente infectado, como gotículas de saliva.

Difteria e Tétano: a difteria é uma infecção grave do nariz e da garganta que pode ser facilmente evitada por meio de vacina. Ela pode causar problemas respiratórios graves. Já o tétano, que pode ser adquirido por meio de cortes ou feridas, é uma infecção bacteriana grave que causa espasmos musculares dolorosos e pode levar à morte.

Gripe (Influenza): a influenza é também conhecida como gripe, é uma infecção do sistema respiratório cuja principal complicação são as pneumonias, responsáveis por um grande número de internações hospitalares no país. A gripe ataca os pulmões, o nariz e a garganta.

Febre Amarela: é uma doença infecciosa grave, causada por vírus e transmitida por meio da picada de mosquitos infectados.

Pneumococos: doenças pneumocócicas são aquelas causadas pela bactéria Streptococcus pneumoniae. Pneumonia, meningite e otite (inflamação aguda do ouvido) são exemplos de doenças que podem ser causadas por essa bactéria.

Calendário adulto conforme a SBI
Por recomendações da Sociedade Brasileira de Imunizações, veja abaixo informações sobre o calendário de vacinação adulto, de 20 a 59 anos.

Hepatite B
Alvo: todos os adultos não vacinados previamente.
Esquema de doses: três doses (0, 1 e 6 meses). A primeira dose é dada no início, a segunda um mês após a primeira, e a terceira seis meses após a primeira.
Reforços: não são geralmente necessários, exceto para indivíduos com condições específicas de saúde, como insuficiência renal crônica.

Hepatite A
Alvo: adultos não imunizados anteriormente, especialmente aqueles com fatores de risco como doença hepática crônica.
Esquema de doses: duas doses com intervalo de 6 meses.
Reforços: não são geralmente recomendados após o esquema inicial.

Tríplice Viral (Sarampo, Caxumba e Rubéola)
Alvo: adultos nascidos após 1960 que não foram vacinados ou não têm imunidade comprovada.
Esquema de doses: duas doses com intervalo mínimo de 1 mês.
Reforços: não são necessários após as duas doses iniciais, exceto em casos de surtos ou exposição a ambientes de risco.

Varicela (Catapora)
Alvo: adultos sem história de doença ou vacinação prévia.
Esquema de doses: 2 doses com intervalo de 4 a 8 semanas.
Reforços: não são recomendados após as doses iniciais.

HPV (Papilomavírus Humano)
Alvo: mulheres até 45 anos e homens até 26 anos, especialmente aqueles que não foram vacinados na adolescência.
Esquema de doses:
– Até 14 anos: 2 doses (0 e 6 meses).
– A partir de 15 anos: 3 doses (0, 2 e 6 meses).
Reforços: não são geralmente recomendados após o esquema completo.

Gripe (Influenza)
Alvo: todos os adultos, com ênfase em grupos prioritários como idosos, gestantes, profissionais de saúde e pessoas com doenças crônicas.
Esquema de doses: vacinação anual, com uma dose.
Reforços: necessários anualmente devido à variação das cepas virais.

Meningocócica
Alvo: adultos em situações de risco, como surtos, viagens para áreas endêmicas, ou com condições de saúde específicas (ex.: esplenectomia, asplenia funcional).
Esquema de doses: varia conforme o tipo de vacina e a situação epidemiológica.
Reforços: podem ser necessários dependendo do risco contínuo de exposição.

Pneumocócica
Alvo: idosos a partir de 60 anos, pessoas com doenças crônicas ou imunossuprimidas.
Esquema de doses: duas vacinas principais são usadas:
– Pneumocócica 13-valente (conjugada): geralmente uma dose.
– Pneumocócica 23-valente (polissacarídica): pode ser administrada após a 13-valente, com intervalos recomendados entre doses.
Reforços: dependem da faixa etária e condição de saúde.

Febre Amarela
Alvo: residentes ou viajantes para áreas endêmicas.
Esquema de doses: uma dose única geralmente é suficiente para proteção ao longo da vida.
Reforços: em casos específicos, como viagem para áreas com risco persistente de transmissão, pode-se considerar uma dose de reforço.

Difteria, Tétano e Coqueluche (dTpa)
Alvo: todos os adultos, especialmente profissionais de saúde, gestantes e cuidadores de bebês.
Esquema de doses: reforço a cada 10 anos.
Consideração especial: Gestantes devem receber uma dose a cada gravidez, preferencialmente entre 27 e 36 semanas de gestação.

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