Adrenalina e realidade fazem do Airsoft mais que um divertimento

Ação. Roberto Alex Rocha e Josy Pinheiro são apaixonados pelo esporte

“É como se fosse uma extensão do videogame, pois no Airsoft você é o próprio personagem”, resume o montenegrino Roberto Alex Oliveira Rocha, praticante de Airsoft desde 2015. Ao lado da esposa Josy Pinheiro, ele participa de eventos pelo Estado e busca fazer da modalidade seu ganha-pão em um futuro breve.

Tudo começou em 2012. Quando trabalhava no Polo Petroquímico, Roberto e um grupo de colegas foram jogar PaintBall, por diversão, com o intuito de conhecer o esporte. Das cinco pessoas que jogaram naquela primeira oportunidade, três seguiram praticando, incluindo Roberto. Eles procuraram locais para comprar equipamentos e fardas, e decidiram investir no esporte. “Era o divertimento perfeito. Entramos em um time, depois formamos o “Interceptors” e mais tarde conheci o Airsoft. Aí, a diversão ficou ainda melhor”, ressalta.

O Airsoft surgiu no Japão, na década de 70, através de um grupo de pessoas que gostava da prática militar, mas vivia em um país onde civis eram proibidos de portarem armas. Inicialmente, o esporte era restrito à modalidade de tiro ao alvo, mas conforme foi ganhando espaço, tornou-se um combate. A munição, além de não ser letal, também não machuca a pessoa que é atingida, se essa estiver bem protegida. No Brasil, o airsoft chegou em 2003.

Do ano passado para cá, o esporte ganhou muitos adeptos no País. No Airsoft, há uma infinidade de siglas e termos utilizados, que em algumas ocasiões confundem até quem não é iniciante na modalidade. Elas podem se referir a modelos de armas, acessórios, munição e até mesmo a táticas de jogo.

Como praticou PaintBall por três anos e recentemente completou três anos no Airsoft. Roberto faz uma comparação entre os dois esportes. “Existe uma certa rivalidade entre as duas modalidades. O PaintBall ainda não é legalizado, é mais recreação. Já o Airsoft, além de legalizado, é mais realístico. Tudo que existe de armamento na vida real, tem nesse esporte. A bolinha (munição) do Airsoft não suja, ao contrário do PaintBall. E a parte mais legal é a adrenalina do combate”, enfatiza.

Em sua residência, Roberto tem duas armas de Airsoft, enquanto sua esposa tem uma, além de pistolas. O montenegrino também faz manutenção de equipamentos para outras pessoas que praticam. Para adquirir ainda mais conhecimento sobre o esporte, ele acompanha canais que tratam sobre o assunto no YouTube. Em um futuro próximo, Roberto quer fazer da modalidade sua principal fonte de renda. “É uma meta, viver só do Airsoft”, pontua.
Atualmente, ele e sua esposa fazem parte da equipe GSA Sulistas e jogam na categoria SAR (Simulação de Ação Real), que tem munição controlada e simula um combate real. O casal tem missões diferentes durante a disputa. Roberto joga na classe Sniper, enquanto Josy atua na classe Assalt. “Fazemos uma competição sadia aqui em casa”, brinca Roberto.

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Casal montenegrino destaca o realismo proporcionado pelo Airsoft

“É um esporte totalmente baseado na honra”, diz Roberto
Um dos pré-requisitos para praticar o Airsoft é o respeito. Os tiros devem ter uma distância mínima respeitada. Por exemplo, disparo de pistola deve ser feito em pelo menos cinco metros de distância. Quem atira de sniper no Airsoft precisa respeitar uma distância de, ao menos, 30 metros. “Cada classe tem uma metragem mínima. É uma segurança para não machucar a pessoa”, explica Roberto.

A proteção também é de suma importância na modalidade. Equipamentos como luvas, joelheira, cotoveleira, coturno, colete, máscara e óculos são fundamentais para os praticantes. Além disso, o Airsoft é um esporte que exige bom senso dos participantes, salienta Roberto. “É totalmente baseado na honra. Quando você leva um tiro, levanta o braço, pega um pano vermelho e aguarda o médico (do jogo) lhe atender”, acrescenta.

Na última semana, o montenegrino e sua esposa foram a Caxias do Sul, para participar de um evento internacional de Airsoft. “Conhecemos pessoas de todos os níveis sociais. Chegando lá, o preconceito cai por terra. Muitos eventos são direcionados a instituições de caridade, mas têm disputas com premiações também. Ao contrário do que muitos pensam, o Airsoft não é um esporte violento”, completa Roberto.

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