Neste sábado, 14, a escola municipal Adolfo Schüler realizou uma programação especial para celebrar os 50 anos da instituição, que hoje é uma referência no bairro Panorama, em Montenegro. A festa de aniversário contou com sorteio de prêmios, apresentações, corte de cabelo, limpeza de pele, sala de games e esmaltação de unhas. Ainda teve lanches e pintura facial, que encantou a criançada. Tudo gratuito e feito especialmente para alunos, pais, ex-estudantes e funcionários da escola.
“A gente tem muito orgulho. As crianças não têm a pracinha para brincar, eles têm a escola. E é pra cá que eles vêm”, conta a diretora, Giovana Melissa da Costa. “Antes as pessoas não queriam estudar aqui. Tinham vergonha. Agora, eles fazem questão de estar aqui. A comunidade sente orgulho da escola”, relata.
Quando o educandário iniciou, em 1970, era no prédio da creche do Panorama, quase em frente. Eram 86 alunos e 6 professores nas primeiras turmas. Hoje, com sede própria, são 41 funcionários e 270 estudantes, desde o maternal I (dois anos) até o quinto ano (10 ou 11 anos). “É a única escola que tem educação infantil e ensino fundamental na mesma . Acaba sendo um desafio porque a gente tem que pensar em atividades que contemplem desde o pequeno até os maiores”, afirma a vice-diretora Jaine Silva.
O atendimento das crianças desde bebês contribui para fortalecer o vínculo da comunidade com a instituição, segundo a direção. “Como eles vêm bebezinhos, os pais participam mais da escola e se envolvem no CPM, nas reuniões. Isso ajuda a desenvolver a escola”, conta Jaine. “A gente percebe, nesta caminhada, como é importante a instituição para a comunidade. Temos pais que estudaram aqui e hoje trazem os filhos. Na banda, muitas vezes o mais velho tocou e agora o mais novo está tocando”, complementa a diretora.
A microempresária Taís Alice da Silva Peguerino é uma dessas pessoas que tem sua história ligada à Adolfo Schüler. Ela, que tem 29 anos, conta que estudou do pré até a quarta série na instituição e hoje leva sua filha, Tifani, de 7 anos. “Quando eu estudei a escola era muito menor. Tinha menos alunos e menos professores”, recorda. A escolha pela Adolfo Schüler não foi apenas pela proximidade com a sua casa. “Eu já conhecia o trabalho da escola. Lembro da época em que eu estudava, que era bem legal. E hoje eu vejo o desenvolvimento dela aqui”. Entre as lembranças mais queridas, ela cita as apresentações. “Quando eu vejo as apresentações da Tifani, lembro das que eu fazia quando estudava aqui”, conta, confessando que não contém a emoção nesses momentos. “Tem duas professoras que trabalhavam aqui quando eu estudavam e ainda estão aqui. É muito legal isso”, afirma a mãe.