Na tarde dessa quarta-feira, 6, chegou ao fim o drama da família da jovem Ketlin Duany Leal, de 16 anos. A garota que fugiu de casa no domingo, dia 3, foi localizada em um circo na cidade catarinense de Araranguá.
Conforme Gisele Leal de Oliveira, mãe da adolescente, após sair de casa, no bairro Timbaúva em Montenegro, a garota e sua namorada ficaram na residência do motorista do carro no qual Ketlin foi vista entrando – logo após deixar o imóvel de sua família. O homem já era conhecido da nora de Gisele e teria passado a coagir as jovens.
Na casa, no bairro Cinco de Maio, o suposto taxista teria feito elas cortarem os cabelos, para mudar o visual. Ambas passaram a noite e só saíram na manhã de segunda-feira, 4. “Ele levou e largou elas até na Avenida Farrapos, em Porto Alegre. Em uma boca de fumo, elas venderam um celular e logo em seguida pegaram ônibus para Santa Catarina, para fugir dele”, conta Gisele.
Ao chegar em Araranguá, as jovens foram parar em um circo, onde pediram para trabalhar. Durante a estadia no local, o motorista ligou para dizer famílias das garotas já sabiam do paradeiro delas. A namorada de Ketlin fez contato com a sogra e, a partir dali, estabeleceu-se o diálogo para retorno para casa.
O pai de Ketlin foi até a cidade catarinense e trouxe a jovem de volta para Montenegro. A menina apresenta ferimentos em uma perna, que teria sido provocado por um tombo. A família suspeita que ela tenha sido vítima de agressão. “Não via a hora de poder trazer ela pra casa. Essa dor acabou”, diz Gisele. “ Até agora não consegui entender o que fez ela sair de casa. Provavelmente tenha sido um surto. Ela não deve ter pensado nas sérias consequências que isso poderia ter”, explica a mãe.
Nesta quinta-feira, 7, Gisele retornou à Delegacia para relatar os novos fatos para a Polícia.A conduta do motorista, relatada pelas jovens, será investigada pela Polícia. Na próxima segunda-feira, 11, Ketlin terá atendimento psicológico, fornecido pela secretaria municipal da Saúde.