Roubo. Na ação com um comparsa, uma das vítimas recebeu uma coronhada
Um homem foi preso e um adolescente apreendido pela Brigada Militar logo após assaltarem duas pessoas na madrugada desta quinta-feira, 3, na Praça dos Ferroviários, Centro de Montenegro. Uma delas foi agredida com uma coronhada na cabeça desferida pelo maior de idade. Os indivíduos fugiram levando os celulares das vítimas em direção à Estação da Cultura.
Acionadas por meio do telefone 190, as equipes da Corporação agiram rápido e encontraram os assaltantes entrando na casa de um deles na esquina da rua Leopoldo Gemmer, já no bairro Progresso. Os dois foram detidos dentro da residência.
Antes disso, o mais velho, João Pedro da Silva Goulart, 18 anos, jogou um revólver calibre 22 e um celular em cima de um telhado. R.P.B, 17 anos, já havia deixado um simulacro de pistola e o outro celular na casa. As armas e os produtos foram apreendidos. Ambos foram reconhecidos pelas vítimas por foto.
Após receberam voz de prisão, eles foram encaminhados ao Hospital Montenegro para exame de lesão corporal e apresentados na Delegacia de Polícia de Pronto Atendimento (DPPA), onde foi lavrado o flagrante de Goulart. Ele foi encaminhado à Penitenciária Modulada de Montenegro. O adolescente foi liberado após o responsável por ele assinar um termo de responsabilidade.
O chefe do serviço de inteligência do 5º Batalhão de Polícia Militar (BPM), capitão Oscar Bessi Filho, lamenta o fato de o adolescente ter recebido a liberdade. A posição leva em conta ter havido ameaça à vida de uma pessoa por motivo banal. “Subtrair um bem e trocar por droga, certamente, ou repassar para comerciantes ou compradores sem escrúpulos”, explica.
Para o oficial, não é a idade que se deve debater ao falar em mudança na lei, mas os fatos cometidos pelo criminoso. “Um cara de 17 anos sabe muito bem o que está fazendo, e já sabe matar, inclusive, como tantos exemplos por aí. É ridículo que um país acossado pela violência fique estimulando e protegendo criminosos como este, que ameaçam a vida dos outros, só porque a coisa pública é muito mal gerenciada. A incompetência pública gera caos no sistema carcerário e aí se piora tudo isto com impunidade. Ou seja, é o cidadão quem sempre se dá mal, de qualquer maneira. Esse rapaz, certamente, vai cometer outro roubo em pouco tempo. E ainda vai matar alguém e a co-autoria é de quem cria esse sistema permissivo e ridículo”, dispara.