Eli Camargo da Silva, 41 anos, acusada da morte do companheiro Charles Artur dos Santos Machado, 42, com uma facada no pescoço, foi posta em liberdade nesta sexta-feira graças a um habeas corpus. O crime ocorreu no dia 12 de outubro, na casa onde o casal vivia, localizada na rua Catarina de Andrade, bairro São Pedro, na Grande Timbaúva. Desde então, ela estava presa na Penitenciária Modulada de Montenegro. A decisão é do desembargador do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul (TJ/RS), Luiz Mello Guimarães.
Para continuar livre até o julgamento, Eli precisa se apresentar mensalmente ao juiz da Comarca de Montenegro e informar sempre o endereço onde estiver morando. Hoje mesmo, ela foi para Estrela, onde ficará na casa de familiares.
O advogado criminalista Gustavo Oliveira, responsável pelo pedido de habeas corpus, argumenta que há ausência dos requisitos indispensáveis para a manutenção da privação de liberdade. “Não havia elementos que pudessem concluir que fosse ela a autora do crime. O desembargador entendeu que a simples gravidade do fato do qual ela estava sendo acusada não era suficiente para mantê-la presa”, afirma. Ele também lembra que Eli é réu primária e possui bons antecedentes.
Gustavo também lembrou que a cliente não confessou ser a autora do crime. Na época, alegou ter sido expulsa de casa por Charles Artur. Segundo a versão, o companheiro teria dito que viveria com outra mulher. A reportagem do Jornal Ibiá tentou entrar em contato com a acusada, mas o advogado disse que ela não falaria sobre o caso no momento.
O filho da vítima, Anderson Tiago Meuer Machado, 23 anos, recebeu a notícia com inconformidade. Diz não acreditar mais na possibilidade de ser feita Justiça. “A gente sente a incapacidade da Justiça. Ela cometeu uma barbaridade desse crime e está solta”, comenta, indignado.