Acampamento Farroupilha pode não ser no Parque

Precariedade. Rede elétrica impediria instalação dos galpões e barracas e Município vai sugerir geradores portáteis

A principal área de lazer de Montenegro continua sendo motivo de críticas dos cidadãos. Na semana passada, o Ibiá recebeu reclamações quanto à iluminação no Parque Centenário, inclusive com relato de pessoas tendo de usar a lanterna do celular para se exercitar na pista de caminhada. Juntam-se ainda queixas quanto à falta de bebedouros, sanitários (situação que será resolvida em breve), mato alto e equipamentos danificados.
Os problemas na rede elétrica do Parque também não são novidade, tendo, inclusive, resultado em sua interdição por algum tempo. A situação agora ameaça o acampamento e as atividades da Semana Farroupilha deste ano, que podem não ser realizados no local. O tema ainda será discutido entre Associação Tradicionalista Montenegrina (ATM) e governo, na próxima semana.

Rede elétrica do Parque tem problemas de capacidade de alimentação

A pasta responsável pelo espaço é a do Meio Ambiente e o secretário Adriano Campos Chagas não fixa prazos. Em relação ao restabelecimento pleno da capacidade da rede elétrica, declarou que não é possível responder com exatidão. Essa incerteza advém da morosidade no trâmite dos processos de licitações. “Mas, em dezembro, é provável que tudo esteja normalizado”, projeta.

O custo do projeto foi de R$ 9 mil, incluindo diagramas de carga, diagrama unifililar, cálculo de demanda e detalhes de quadros e centro de medição. É aguardada a aprovação da engenharia da Prefeitura e depois o aval da concessionária de energia, a RGE Sul, para prosseguir com o processo de contratação da empresa que vai executar o projeto.

Quanto à transferência da Semana Farroupilha, Chagas revela que, até o momento, a Secretaria de Meio Ambiente ainda não recebeu nenhum ofício solicitando o uso do Parque para a realização do evento tradicionalista. Todavia, ele acredita que isto não deve ser motivo para a realocação da festa, tendo em vista que existe a possibilidade do uso de geradores de energia para atender a demanda necessária.

Capina do mato está acontecendo
Quanto ao mato, o secretário de Meio Ambiente acredita que as queixas ocorreram antes das melhorias feritas recentemente. A Administração comprou novas roçadeiras e o corte foi intensificado. Inclusive, no sábado passado, essa vegetação alta, entre a pista de skate e a sede dos escoteiros, foi aparada com o trator de capina. “Onde ainda não roçamos é na parte de trás do Parque, em direção ao bairro Centenário”, explica Chagas. Esse espaço fica entre o segundo lago e o barranco próximo à cerca na rua Alberto Gottselig. Também é preocupação recorrente a vegetação aquática que cobre o lago grande. O secretário aponta que ela estava sendo retirada, mas foi suspensa até que o Ministério Público apresente parecer sobre uma denúncia a respeito do corte de árvores no Parque.

Secretário admite que, perto da cancha de rodeios, a capina ainda não chegou. Tempo chuvoso dificulta ações

“Também interrompemos a atividade porque é necessária a retirada manual e, para isto, é preciso entrar no lago”, diz Chagas. A Secretaria estaria orçando a compra de roupas específicas para este fim e produtos químicos biodegradáveis para conter a proliferação das plantas.

Postes com defeito e furto de cabos
Já sobre as pistas no escuro, o secretario Adriano Chagas garante que a informação não procede. “As luzes ficam acesas durante toda a noite devido às fotocélulas estarem queimadas e aguardando substituição”, declara. Com isso, o acionamento estaria sendo realizado manualmente pelo guarda. Já na pracinha, próximo ao lago, ele admite que houve furto de todo cabeamento, juntamente com os painéis de distribuição, bomba de oxigenação do lago e mais alguns equipamentos de distribuição de energia elétrica. “Neste local, a iluminação está precária”, confirma.

O secretário reitera que, por esses motivos, existe um processo aberto, tramitando, que diz respeito ao projeto de substituição de toda a rede elétrica do Parque. “Isto está sendo tratado com extrema urgência pela Administração Municipal”, garante.

Problemas serão solucionados aos poucos
A respeito da falta de bebedouros, Chagas confirma que eles nunca existiram no Parque. O que havia eram pontas de rede espalhadas pela área onde hoje acontece o acampamento para os rodeios. “Estas pontas são ligadas somente quando acontecem estes eventos, porque a água é conduzida por mangueiras plásticas que, devido à ação do sol e trânsito de pedestres e cavalos, ficaram desgastadas e avariadas”, explica.

A Secretaria detectou vazamentos que resultam no desperdício de água potável, encarecendo a conta do Município. Outro ponto de consumo está próximo à pista de atletismo, que foi revitalizado há três anos. Salvo essas ramificações, o Centenário possui torneiras nos banheiros, próximo à pista e perto do prédio da antiga Secretaria Municipal de Meio Ambiente.

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