A casa centenária dos Musskopf

Histórico. Residência construída em 1918 segue em ótimo estado

Mirna e Nelso Musskopf vivem desde 1964 na casa centenária

O ano era 1918. A Primeira Guerra Mundial chegava ao fim com a derrota da Alemanha e a Gripe Espanhola vitimava centenas de milhares ao redor do globo. Em Linha Pinheiro Machado, no interior de Brochier, a família Ertel erguia uma casa com grossas paredes, três quartos e uma sala conjugada com a cozinha. É nessa residência que vive hoje o casal Nelso Musskopf, 78 anos, e Mirna Brandt Musskopf, 75.

Conforme Nelso, a propriedade onde fica a residência foi adquirida em 1964, três anos após o casamento dele com Mirna. Natural da localidade de Nova Holanda, o agricultor aposentado lembra que seu sogro morava próximo do pedaço de terra que ele comprou há 54 anos. “Viemos para morar e viver da agricultura. Depois construímos um aviário”, conta. Foi na casa centenária que dois de seus filhos nasceram — Sérgio e Ingrid, já falecida. Mais velhos, Karen e Airton, também falecido, nasceram em Nova Holanda, mas foram criados na residência que agora completa 100 anos de história.

Data da construção está escrita na fachada do prédio

Nelso conta que pouco mudou da estrutura da casa. Fora a substituição do forro por material de PVC e do assoalho, a única mudança feita na estrutura foi nas janelas. Ele as reposicionou para abrirem para o lado de fora. Antes, as folhas ficavam para o lado de dentro da residência. “Me interessei em sempre melhorar (a casa), mas manter o original”, explica. Hoje, ele e a esposa passam a maior parte do tempo num anexo construído ao lado da casa e que serve como cozinha e sala de estar.

Como forma de homenagear a data centenária da construção, os Musskopf providenciaram uma nova pintura para a moradia. “Pintamos em homenagem aos 100 anos. Botamos um vestido novo nela”, brinca Nelso. Ele salienta que gostaria de saber mais sobre a história da antiga residência. O aposentado recorda ainda que quando ele era pequeno seu pai chegou a fazer uma casa de alvenaria, mas começou a rachar e foi então desmanchada. “Não durou tanto tempo como essa”, comenta, mostrando admiração pela construção na qual vive hoje.

Sobre morar numa residência centenária, Nelso diz que ele e a mulher – que perdeu a fala há alguns anos – se acostumaram. “É uma morada simples, mas estamos satisfeitos”, garante. Ele diz que entre os fatos positivos da casa está o permanente frescor por dentro, mesmo em dias de muito calor. Isso ocorre em razão das grossas paredes de pedra, que funcionam como isolante térmico.

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